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Geórgia vai eleger presidente pela primeira vez por comissão eleitoral

O parlamento da Geórgia, cujos trabalhos estão a ser boicotados pela oposição, marcou hoje para 14 de dezembro a eleição do novo Presidente, que será realizada por um colégio eleitoral com 300 pessoas, segundo uma recente alteração constitucional.

Geórgia vai eleger presidente pela primeira vez por comissão eleitoral
Notícias ao Minuto

26/11/24 13:30 ‧ Há 1 Hora por Lusa

Mundo Geórgia

A data da eleição foi decidida por unanimidade, com os votos dos deputados do partido no poder, o Sonho Georgiano, uma vez que os 61 deputados da oposição se recusam a participar nas sessões parlamentares por considerarem fraudulentos os resultados das eleições legislativas de outubro passado.

 

O presidente do parlamento, Shalva Papuashvili, indicou que a eleição do chefe de Estado terá lugar no edifício legislativo e que a sua tomada de posse terá lugar a 29 de dezembro.

Para ganhar na primeira volta, o candidato precisa de pelo menos dois terços dos votos.

Acrescentou que, se for necessário um segundo escrutínio, este terá lugar a 14 de dezembro.

"O Presidente será eleito para um mandato de cinco anos por um colégio eleitoral de 300 pessoas", disse Papuashvili.

Segundo o responsável, o colégio eleitoral será composto pelos 150 deputados do Parlamento da República, 21 membros da República Autónoma da Adjária, 20 membros do Conselho Supremo da Abcásia (no exílio desde 1993) e 109 outros membros serão deputados locais.

Papuashvili referiu que o mandato da atual Presidente do país, a pró-europeia Salome Zurabishvili, termina a 16 de dezembro.

Eleita presidente em 2018 numa eleição por sufrágio universal em que obteve 59,5% dos votos na segunda volta, Zurabishvili, tal como a oposição, nega qualquer legitimidade ao parlamento e exige novas eleições legislativas, além de ter pedido ao Tribunal Constitucional a anulação das eleições.

As recentes eleições legislativas na Geórgia, realizadas em outubro passado, foram conquistadas pelo partido no poder, o Sonho Georgiano, acusado pelos seus críticos de deriva autoritária e pró-russa. Desde então, milhares de pessoas têm participado em manifestações para contestar as eleições.

A Geórgia é uma república parlamentar na qual o chefe de Estado tem apenas funções de representação.

A União Europeia suspendeu indefinidamente o processo de adesão da Geórgia, em junho, depois de o Parlamento ter aprovado uma lei que exige que as organizações que recebem mais de 20% do seu financiamento do estrangeiro se registem como "perseguindo o interesse de uma potência estrangeira", semelhante a uma lei russa utilizada para desacreditar organizações críticas do Kremlin.

Leia Também: Recém-eleito Parlamento da Geórgia inaugura sessões com boicote

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