Milei quer proibir reclusos de mudar de prisão por identidade de género
O Presidente argentino, Javier Milei, anunciou terça-feira que vai promover uma iniciativa para proibir os reclusos do país de pedirem transferência para outra prisão por questões de identidade de género.
© Tomas Cuesta/Getty Images
Mundo Argentina
"Os criminosos não poderão solicitar a mudança de prisão sob a égide da identidade de género", disse o Presidente de extrema-direita durante uma cerimónia com as forças de segurança na sede do Governo, citado pela EFE.
Milei citou uma série de casos recentes de reclusos que recorreram à Lei da Identidade de Género, para solicitar a transferência de uma prisão masculina para uma prisão feminina.
"Tentaram argumentar que, na realidade, eram mulheres que deviam estar numa prisão feminina, quer para se aproveitarem das reclusas, quer para continuar as negociações, em condições mais brandas", afirmou o Presidente, que mencionou o recente caso de chefe de um grupo ligado ao tráfico de droga.
Javier Milei defendeu que "só num país cujos valores foram profundamente perturbados é que tal atrocidade pode ser permitida", garantindo que o que considerou uma "estupidez" vai acabar.
O Presidente argentino disse ainda que os sistemas penitenciários provinciais que não aderirem à medida estarão "a recompensar a criatividade dos criminosos" e a demonstrar "desrespeito pelas vítimas".
O anúncio de hoje surge dias depois de terem sido conhecidos os pedidos de transferência do líder de um grupo ligado ao tráfico de droga e do caso de um recluso de uma prisão na província de Córdoba que foi transferido para um pavilhão de mulheres, com o argumento de uma mudança de género, tendo sido depois acusado de ter abusado de uma colega de cela.
Por outro lado, Milei manifestou o seu apoio irrestrito às forças de segurança, que disse "ficarem desamparadas por um Estado que as negligenciava".
"O Estado tem de proteger as vítimas e punir os perpetradores, não proteger os perpetradores e punir as vítimas", acrescentou, sublinhando que "os bons são os de azul [a Polícia]" e "os maus são os criminosos".
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