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Europa e EUA estudam modo de desviar corpos celestes que ameacem a Terra

Europeus, russos e norte-americanos estão a estudar a melhor maneira de desviar qualquer corpo celeste que ameace a Terra e a realização de um ponto da situação está marcado para Março, em Bruxelas.

Europa e EUA estudam modo de desviar corpos celestes que ameacem a Terra
Notícias ao Minuto

13:12 - 15/02/13 por Lusa

Mundo Asteróide

Um asteróide de 45 metros de diâmetro e 135 mil toneladas de peso passa hoje perto da Terra, a uma distância de cerca de 28 mil quilómetros, um décimo da distância entre o planeta azul e a Lua.

Segundo a agência espacial norte-americana, NASA, trata-se do maior corpo celeste alguma vez detectado a passar tão perto da Terra, mas não existe risco de colisão.

Se houvesse essa possibilidade, tentar fazer explodir o asteróide não seria uma solução, disse à agência noticiosa francesa AFP Erwan Kervendal, responsável pelo dossier na Astrium, subsidiária do grupo europeu de aeronáutica e defesa (EADS).

"Ninguém quer explodir um asteróide, isto não é Hollywood, e o remédio podia ser pior do que o mal ao multiplicar os riscos" devido à fragmentação do objecto, explicou.

Kervendal disse que estão a ser estudadas três opções "para desviar um objecto que ameace a Terra".

Uma consiste em "bater com força no objecto celeste (...) perto do seu centro de gravidade (...) num determinado ângulo para o desviar". Este é o cenário em que trabalham os europeus, como Kervendal.

Os norte-americanos, por seu turno, trabalham sobre a atracção que poderá exercer um veículo espacial colocado perto do asteróide e que funcionaria como um "tractor gravitacional", segundo a Astrium.

Os russos estudam uma terceira opção, um desvio da trajectória devido à onda de choque provocada por uma explosão perto do asteróide.

Em Março, em Bruxelas, cientistas e industriais farão o ponto da situação das investigações no "primeiro balanço anual do programa da União Europeia NEO-Shield (Escudo contra objectos próximos da Terra) lançado por três anos no início de 2012", disse Kervendal.

O cientista disse ainda que os estudos não estão "pressionados pelo tempo, porque não deve haver uma verdadeira ameaça de colisão antes de um século".

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