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O preço do marfim desceu na China mas a caça ao elefante continua

O preço do marfim na China caiu quase dois terços nos últimos três anos, mas a caça ao elefante continua, segundo um relatório publicado hoje pelo grupo de conservação Salvar os Elefantes.

O preço do marfim desceu na China mas a caça ao elefante continua
Notícias ao Minuto

17:49 - 29/03/17 por Lusa

Mundo Vida selvagem

De acordo com os resultados de uma investigação conduzida na China, o preço do marfim em bruto em 2014 era de cerca de 1.900 euros por quilo no mercado negro da China, mas no início de 2017 o preço tinha caído para cerca de 650 euros por quilo.

"Esta é uma boa notícia, mas a caça continua", disse Esmond Martin, especialista em marfim, citado no relatório.

Lucy Vigne, também especialista em marfim, disse que os preços e a quantidade de marfim para venda caíram em 130 lojas licenciadas na China, o que reflete uma queda no maior mercado de marfim do mundo.

Os investigadores disseram que a desaceleração económica na China, e alguma contenção na corrupção, que reduziu a venda de artigos de marfim para oferecer, provocaram uma crescente consciencialização dos efeitos catastróficos do comércio de marfim para os elefantes.

Na sequência de uma ordem do Governo que pôs fim ao comércio legal, as 34 fábricas licenciadas de marfim na China vão fechar no final de março e, no final do ano, as últimas lojas também fecharão. No entanto, ainda fica por esclarecer como é que o encerramento do mercado legal vai afetar o comércio ilegal do marfim e a caça do elefante.

O comércio internacional de marfim foi proibido em 1989, mas a caça ilegal continuou e acelerou nos últimos anos, sustentando um mercado negro controlado por organizações criminosas.

Douglas-Hamilton, fundador do grupo Salvar os Elefantes, disse que "com o fim do comércio legal de marfim na China, as hipóteses de sobrevivência para os elefantes melhoraram nitidamente".

"Ainda há um longo caminho a percorrer para acabar com a matança excessiva de elefantes para o marfim, mas há agora uma maior esperança para a espécie", concluiu.

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