"Diálogo ou violência": Líder da Córsega avisa Macron
O Presidente do Conselho Executivo da Córsega Gilles Simeoni avisou o Presidente Francês Emmanuel Macron que “está a brincar com o fogo” ao rejeitar o pedido de autonomia daquela ilha.
© Reuters
Mundo Autonomia
Gilles Simeoni pediu a Macron que se mostre “recetivo para dialogar”, aquando da visita do líder francês à Córsega, na próxima semana.
Nessa ilha, vários grupos independentistas corsos levaram a cabo mais 10 mil ataques terroristas, até 2014, tendo como alvos principais postos de polícia e habitações. Ataques que provocaram mais de 40 mortes.
Os movimentos independentistas, que segundo o Presidente do Conselho Executivo eram minoritários, agora representam a vontade da maioria da população. “Conversar é o único caminho para a democracia e o Governo francês não quer fazer qualquer cedência, o que é inaceitável”, disse.
Crimes de corrupção levados a cabo pelos principais partidos da ilha contribuíram para a eleição de nacionalistas como Simeoni, que chegou ao poder em dezembro do ano passado. Simeoni e os seus aliados partidários apelam desde início à autonomia da ilha, mas não à independência total de França.
Uma das principais medidas que defendem é que a língua Córsega se torne o idioma oficial da ilha.
“O que as pessoas me dizem na rua é que se nem conseguimos manter um diálogo com França, então significa que a Democracia está morta”, explica o líder corso.
“Não concordo que bombas sejam mais eficazes do que dialogar, mas a questão é que se não falam connosco muitos cidadãos poderão achar que esse é o único recurso que lhes resta”, avisou Simeoni.
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