Candidato a reitor Amílcar Falcão quer Uni. de Coimbra mais atrativa
O candidato a reitor da Universidade de Coimbra Amílcar Falcão defendeu hoje a necessidade de um aumento da capacidade de atração de estudantes e investigadores para combater o problema demográfico.
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País Problemas
"Temos que aumentar a nossa capacidade de atratividade, quer para estudantes, quer para investigadores", afirmou o atual vice-reitor da Universidade de Coimbra (UC), que falava à agência Lusa à margem da apresentação da sua candidatura.
Para o candidato, a política de atração do estudante internacional, que se propõe a manter, não deve ser encarada "como a única solução" para os problemas demográficos que a instituição terá de enfrentar, considerando que a universidade deve "começar por olhar mais para a região e não só para fora".
A Universidade de Coimbra tem de ser "mais atrativa na região, junto das escolas", mas também garantir mais e melhor investigação e divulgá-la convenientemente, considerando que o trabalho em torno da imagem da instituição "não tem sido propriamente o ponto forte" da UC.
Segundo Amílcar Falcão, a universidade também tem de ter "mais parcerias com a sociedade, sejam municípios, empresas ou associações setoriais" e tem de ter "a capacidade de encontrar pontes" com a Câmara de Coimbra e com o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.
"A cidade precisa que estas três instituições se entendam e se unam para lutarem por objetivos comuns", frisou.
Outro dos desafios para o futuro da instituição passa por colocar a UC "num patamar mais elevado, ao nível da qualidade".
"Vivemos dos estudantes e para os estudantes. Temos que os envolver na investigação, têm que beneficiar na formação dessa investigação", defendeu, considerando que será necessário haver "uma revisão curricular vasta" e inovação na área pedagógica de forma a garantir uma universidade adaptada "às exigências atuais" e com os olhos postos no futuro.
Para isso, disse, há que envolver também os estudantes nessa discussão.
Também nos órgãos de decisão da universidade, defende uma revisão que permita uma "representatividade maior do corpo técnico e dos estudantes".
Já sobre as propinas, acompanha a posição do Presidente da República - de que se deve caminhar para o seu fim -, mas entende que a sua extinção tem de ser acompanhada "pelo envelope financeiro respetivo".
Amílcar Falcão mostra-se ainda contra a passagem da Universidade de Coimbra ao regime fundacional, considerando que essa mudança acarretaria "riscos" para a instituição.
O docente e investigador na área da inteligência artificial Ernesto Costa, o diretor da Faculdade de Letras, José Pedro Paiva, e a astrónoma brasileira Duília Fernandes de Mello são os outros candidatos a reitor.
As eleições para reitor da Universidade de Coimbra para o mandato 2019-2023 vão decorrer numa reunião plenária do Conselho Geral, a 11 de fevereiro, havendo a 04 do mesmo mês uma audição pública dos candidatos e uma segunda sessão, apenas para membros do Conselho Geral, no dia seguinte.
O Conselho Geral da Universidade de Coimbra é constituído por 18 representantes dos professores e investigadores, cinco estudantes, dois trabalhadores não docentes e não investigadores e dez elementos externos à instituição.
O atual reitor, João Gabriel Silva, cumpre em 2019 o seu segundo mandato à frente da Universidade de Coimbra.
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