Nem Portugal nem Espanha se queixaram dos caudais irregulares do Tejo
A Comissão Europeia afirmou que nem Portugal nem Espanha comunicaram quaisquer questões com impacto sobre a gestão das suas águas, uma possibilidade prevista no artigo 12.º da Diretiva Quadro da Água, foi hoje anunciado.
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País Tejo
No documento a que a agência Lusa teve hoje acesso, a Comissão Europeia responde aos eurodeputados portugueses José Gusmão e Marisa Matias, no âmbito de uma pergunta com pedido de resposta por escrito, sobre o incumprimento da Convenção de Albufeira por parte de Espanha.
"Quais as medidas que a Comissão Europeia irá adotar para instar o Estado-Membro espanhol a viabilizar caudais regulares e equitativos ao longo do ano hidrográfico [no rio Tejo], com vista a cumprir a Convenção de Albufeira, bem como a Diretiva-Quadro da Água?", perguntaram José Gusmão e Marisa Matias.
Em resposta, Virginijus Sinkevicius, em nome da Comissão Europeia, explicou que, com base na avaliação dos segundos planos de gestão das bacias hidrográficas, a Comissão formulou recomendações aos Estados-Membros com vista a melhorarem a aplicação da Diretiva-Quadro da Água.
"Importa sublinhar que o artigo 12.º da diretiva prevê a possibilidade de um Estado-Membro comunicar à Comissão quaisquer questões que tenham impacto sobre a gestão das suas águas, mas que este não possa resolver. Nesse caso, a Comissão responderá à questão levantada pelo Estado-Membro. Até agora, nem Portugal nem a Espanha utilizaram a possibilidade prevista no artigo 12.º", sublinha a Comissão Europeia.
A Comissão adianta ainda que está ciente da "situação difícil" criada na bacia hidrográfica do rio Tejo pelas graves secas de 2019.
"A Comissão tem igualmente conhecimento da Convenção de Albufeira entre Espanha e Portugal e do processo de planeamento conjunto que teve lugar para a preparação dos segundos planos de gestão das bacias hidrográficas. De acordo com ambos os países, apesar da seca e da irregularidade dos volumes libertados, a Convenção foi respeitada", conclui.
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