Depressão Alex já fez 'estragos' e espera-se agravamento esta sexta-feira
A nível nacional, foram registadas 60 ocorrências, a maioria na região de Viseu. Mantêm-se as recomendações e o estado de alerta especial para os distritos do Norte e Centro, a norte do rio Tejo, até às 20h00 desta sexta-feira.
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País Depressão
A depressão Alex chegou a Portugal com chuva e ventos fortes, sendo que alguns estragos se fizeram sentir com maior intensidade no Interior do país, onde a Proteção Civil registou dezenas de quedas de árvores.
No Porto, em Lisboa e Faro, os Comandos Distritais de Operações de Socorro (CDOS) indicam que a madrugada foi relativamente "calma", não tendo sido registadas ocorrências significativas em relação à depressão que atingiu o país.
No Interior, porém, o cenário foi diferente, já que os ventos fortes que se fizeram sentir derrubaram dezenas de árvores. De acordo com a informação avançada pelo CDOS de Viseu ao Notícias ao Minuto, entre as 3h50 e as 8h20 desta sexta-feira, foi registada a queda de 28 árvores e de um andaime. Indicou ainda a mesma fonte que não houve feridos em nenhuma das ocorrências.
Na Guarda, a Proteção Civil contabilizou também a queda de quatro árvores, mas estes impactos só se começaram a sentir ao início da manhã, por volta das 6h40.
Já num balanço feito à agência Lusa, a Proteção Civil indica que, a nível nacional, foram contabilizadas 60 ocorrências.
"Os distritos mais afetados foram os do Norte e Centro, em particular os da faixa Litoral e o distrito de Viseu, que foi aquele que registou o maior número de ocorrências associadas ao vento forte que se faz sentir na região", disse à Lusa aquela fonte.
"Mantêm-se as recomendações e o estado de alerta especial para os distritos do Norte e Centro, a norte do rio Tejo, até às 20h00", acrescentou.
De acordo com a Proteção Civil, vai sentir-se a diminuição da precipitação durante as próximas horas, sendo que os fatores meteorológicos com mais "severidade" vão ser a agitação marítima - que se vai fazer sentir até sábado - e o vento forte sobretudo nas terras altas que deverão atingir entre os 90 e os 110 quilómetros, em particular na Serra da Estrela.
O Litoral vai ser afetado com ventos fortes que podem vir a atingir os 70 quilómetros horários.
Agravamento previsto leva autoridades a deixarem alerta
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IMPA) previu, para a manhã desta sexta-feira e até as 6h00 de segunda-feira, dia 5 de outubro, um agravamento do estado do tempo.
"A depressão Alex vai passar no Golfo da Biscaia e vai para França. Em Portugal continental, estamos a prever a ocorrência de chuva, por vezes forte, vento com rajadas fortes e agitação marítima forte a norte do Cabo Raso no dia 2 [sexta-feira]", disse à Lusa a meteorologista do IPMA Ângela Lourenço.
Na sexta-feira, "uma superfície frontal fria vai atravessar o território e a chuva poderá ser com alguma intensidade nos distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Vila Real, Viseu e Guarda", destacou ainda.
As condições meteorológicas - prevêem-se que as ondas possam atingir os seis metros - levaram ainda a Autoridade Marítima Nacional a deixar algumas recomendações, sugerindo, entre outros aspetos, que sejam evitados passeios junto à orla costeira, nas arribas e nas praias, bem como a prática de atividades lúdicas nas zonas expostas à agitação marítima.
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