Pai e filha detidos no Porto por burla com aluguer de carros no Brasil
Suspeitos, que estavam a ser procurados pela Interpol, foram detidos pela PJ, na semana passada. Advogado garante que estes só vieram para Portugal porque estavam a ser "ameaçados de morte".
© Shutterstock
País Burla
O empresário brasileiro, de 50 anos, detido com a filha, de 29, na semana passada, pela Polícia Judiciária (PJ), na cidade do Porto, são acusados de terem dado um golpe milionário com o aluguer de carros no Brasil e terem fugido para Portugal.
Na altura da detenção, os inspetores revelaram num comunicado enviado ao Notícias ao Minuto, que a dupla era suspeita de uma burla de cerca de 8 milhões de euros, relacionada com um esquema em pirâmide, numa cidade do estado brasileiro de São Paulo, sem especificar com que estava relacionado o crime.
Contudo, avança agora o jornal O Globo que os detidos são Cláudio Roberto Rei e Thalita Reis, que estavam a ser investigados há dois anos pela Polícia Civil brasileira.
Segundo a investigação, citada pela publicação, os detidos, que geriam a empresa de rent a car RT&T, de Hortolândia, no interior de São Paulo, são suspeitos de ficarem com o dinheiro da caução dos carros alugados, que era suposto devolverem aos clientes após a devolução do veículo.
Várias vítimas apresentaram queixa junto das autoridades e a dupla encerrou as atividades no Brasil, mudando-se para Portugal, com autorizações de residência.
Em entrevista ao O Globo, o advogado de Defesa, Diego Bove, garantiu que a empresa enfrentou dificuldades financeiras com a pandemia da Covid-19 e que o valor avançado pela PJ “não corresponde à realidade”.
Ao serem presentes ao Tribunal do Porto, para primeiro interrogatório judicial, Thalita ficou em prisão preventiva, enquanto Cláudio ficou sujeito à medida de coação de apresentações trissemanais e com o passaporte apreendido.
Algo que o advogado defende ser exagerado. "Ela está numa cela comum, devia ter voltado ao médico na segunda-feira [ontem]. A cirurgia prova que eles não estão escondidos. Ela tem Segurança de Social, contrato de trabalho. É vendedora de uma loja de telemóveis. Ele é mecânico", salientou Diego Bove, acrescentando que estes só emigraram porque eram "ameaçados de morte".
"Existem vídeos das ameaças. Pessoas na porta de casa deles e de familiares. O escritório da empresa foi completamente destruído. Muitos foram à sede para fazer justiça com as próprias mãos", garantiu ainda.
Se forem condenados pelos crimes de são acusados, de associação criminosa e burla qualificada, pai e filha arriscam-se a uma pena de sete anos de prisão efetiva.
Leia Também: Pai e filha procurados no Brasil por "burla em pirâmide" detidos no Porto
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com