PSP vai remeter 'manif' "não legalmente comunicada" dos bombeiros ao MP
O Comando Metropolitano de Lisboa da Polícia de Segurança Pública vai remeter os atos de protesto dos bombeiros ao Ministério Público. Segundo o que as autoridades explicam em comunicado, manifestação não foi comunicada e autoridades souberam da mesma pelas redes sociais.
© PATRICIA DE MELO MOREIRA/AFP via Getty Images
País Bombeiros
A Polícia de Segurança Pública (PSP) vai remeter um auto de notícia ao Ministério Público (MP) no âmbito da manifestação dos bombeiros que aconteceu esta terça-feira.
Em comunicado ao Notícias ao Minuto, o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP (Cometlis) sublinhou que os protestos não foram comunicados à Autoridade Administrativa competente, confirme previsto na lei.
"A PSP irá elaborar um Auto de Notícia sobre esta manifestação não legalmente comunicada e remetê-lo ao Ministério Público (MP), com a identificação dos diversos organizadores e participantes", escrevem os responsáveis na nota, dando conta na mesma de que "alegadamente, a maioria" dos bombeiros pertenciam ao Regimento de Sapadores de Bombeiros de Lisboa. No mesmo auto, a utilização de artigos de pirotecnia será também identificada - note-se que os operacionais acenderam tochas e também utilizaram petardos.
"A PSP só teve conhecimento desta manifestação através das redes sociais, tendo, com base nessa informação, estabelecido um dispositivo policial, no sentido de garantir a segurança e ordem pública", explicam os agentes no comunicado, em que descrevem o percurso feito pelos manifestantes: "Ao ter conhecimento que a intenção dos manifestantes seria deslocarem-se desde a Avenida Rio de Janeiro, em Alvalade, até ao Campus XXI, sede do Conselho de Ministros e de diversos Ministérios, polícias do Comando Metropolitano de Lisboa, pertencentes ao dispositivo policial, entretanto estabelecido, acompanharam os manifestantes, que se deslocaram em cortejo por diversas artérias de Lisboa".
O Cometlis dá ainda conta de que foi decidido fazer cortes no trânsito devido à manifestação, que começou antes das 9h e, duas horas depois, "ocortejo forçou o perímetro de dissuasão, dirigindo-se, em corrida, pela Avenida João XXI" até junto do Campus XXI, sede do Conselho de Ministros.
"O perímetro de contenção, já montado no local, constituído pelo Corpo de Intervenção e por Equipas de Intervenção Rápida, garantiu a segurança do edifício, tendo assegurado o normal funcionamento daquele órgão de soberania e da sede da Caixa Geral de Depósitos, até ao final do protesto", acrescentam.
A PSP salienta que é "inadequado este tipo de protestos que vão contra as disposições legais em vigor, facto agravado pela utilização, por parte dos manifestantes, de artigos de pirotecnia" que "colocaram em risco a integridade física dos polícias (que se encontravam no local para proteger pessoas e bens), dos jornalistas que se encontram a desempenhar a sua missão de prestação de informação e demais cidadãos surpreendidos, na via pública, por esta ação".
[Notícia atualizada às 17h18]
Leia Também: Sapadores dizem que usaram petardos para que Governo os ouvisse
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com