Trafaria protesta no sábado contra terminal de contentores
“Abraçar a Trafaria” é o lema de um cordão humano de protesto contra a instalação do terminal de contentores na margem sul do Tejo que terá lugar no sábado às 11:00 e que conta com o apoio da Quercus.
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País Margem Sul
A iniciativa promovida pela "Associação Contentores na Trafaria NÃO" e diversos órgãos do poder local deverá contar com a presença da presidente da Câmara de Almada, do presidente da Assembleia Municipal e presidentes de diversas juntas de freguesia do concelho.
Os promotores da ação de protesto, que terá início com uma concentração na Junta de Freguesia da Trafaria, alegam que, além das questões ambientais, o projeto contraria a estratégia de desenvolvimento escolhida, pela população e pelo poder autárquico, que passa por uma aposta no turismo e na pesca artesanal.
A Quercus, Associação para a Conservação da Natureza, também decidiu juntar-se ao protesto marcado para este sábado, por considerar que o futuro terminal de contentores terá impactes muito negativos para a população local.
"A Quercus manifesta sérias reservas em relação a este projeto, que poderá estar a avançar sem no entanto serem públicos quaisquer estudos sobre o seu impacte económico, social e ambiental", refere em comunicado a associação ambientalista.
"Não existe uma integração do projeto no planeamento dos portos de Lisboa, Setúbal e Sines, sendo muito questionável o seu interesse do ponto de vista de desenvolvimento das estruturas portuárias nacionais", acrescenta o documento.
A Quercus salienta ainda que o projeto do terminal de contentores na Trafaria prevê a construção de uma via férrea sobre a Área Protegida da Arriba Fóssil da Caparica, numa extensão de cerca de oito quilómetros, que terá "impactes ambientais extremamente danosos para aquele ecossistema e com elevados custos (160 milhões de euros)".
Por último, a associação ambientalista defende que o porto de Sines teria melhores condições para receber este terminal de contentores.
A construção do terminal da Trafaria foi anunciada em fevereiro pelo Governo no âmbito da reestruturação do Porto de Lisboa, que abrange também a margem sul do Tejo.
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