JP quer juventudes partidárias com representação no Protocolo do Estado
A Juventude Popular (JP) quer que as juventudes partidárias passem a ter representação na Lei do Protocolo do Estado e pediu hoje ao Presidente da República que interceda nesse sentido junto dos partidos.
Política Audiência
No final de uma audiência no Palácio de Belém, que durou mais de uma hora e meia, o recentemente reeleito presidente da JP, Francisco Rodrigues dos Santos, afirmou à agência Lusa que nesta conversa com o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, se falou, sobretudo, "da representação que as novas gerações devem ter no quadro do poder".
"E viemos lançar um repto ao senhor Presidente da República: que no âmbito da Lei das Procedências do Protocolo do Estado, a Lei n.º 40/2006, pudesse ser reconhecido o estatuto das juventudes partidárias nesse elenco taxativo de entidades que gozam de assento nas grandes solenidades e eventos do Estado de direito democrático", adiantou.
O presidente da JP sustentou que as juventudes partidárias devem ser "reconhecidas como instrumentos fundamentais da participação cívica e política" no Protocolo do Estado.
"Neste momento existe um vazio, não há uma única associação de jovens que esteja lá vertida. E verificamos que até assessores da Assembleia da República e do próprio Governo encontram lá guarida. Acreditamos que isso pode ser corrigido", afirmou.
Acompanhado por três vice-presidentes, uma vogal e o secretário-geral da sua direção, Francisco Rodrigues dos Santos admitiu que "a iniciativa está do lado do parlamento" e que não cabe ao Presidente" alterar esta lei.
No entanto, defendeu que Marcelo Rebelo de Sousa pode interceder nesta matéria "porque é um mediador e tem sido uma voz dialogante com todos os partidos" e disse que o chefe de Estado "concorda que existe um défice no que respeita à renovação geracional".
O líder da organização de juventude do CDS-PP criticou "a sub-representação das novas gerações", desde logo no quadro da Assembleia da República, referindo que "até aos 30 anos existem apenas quatro jovens parlamentares", mas ressalvou que a JP é "contra qualquer tipo de quotas".
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