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Nenhuma demissão retira "vontade política" ao PCP de "apurar tudo"

O deputado comunista Jorge Machado assegurou hoje que nenhuma demissão retira "vontade política" ao PCP de "apurar tudo" no caso de Tancos, após conhecer-se a saída do cargo do Chefe do Estado-Maior do Exército (CEME).

Nenhuma demissão retira "vontade política" ao PCP de "apurar tudo"
Notícias ao Minuto

18:28 - 17/10/18 por Lusa

Política CEME

"Queremos aqui registar o facto de o CEME assinalar agora que não tem condições para continuar no cargo e, ao mesmo tempo, dizer o que dissemos aquando da demissão do ministro. Nem uma demissão nem outra retiram qualquer vontade política ao PCP de apurar tudo até às últimas consequências", disse, nos passos perdidos do parlamento.

O parlamentar do PCP reiterou que "se impunha o apuramento das responsabilidades da estrutura das Forças Armadas, não só o capitão, o sargento e o praça que foram os únicos que sofreram processos disciplinares, mas que era importante que generais de duas e três estrelas, que tiveram responsabilidades na condução e medidas de segurança de Tancos, tivessem também sido responsabilizados".

"Quem quis fazer do caso de Tancos um problema de responsabilização política apenas deste Governo... Nós entendemos que essa responsabilização tem de ser feita de forma mais genérica, portanto isto não resolve o problema, quer do apuramento de responsabilidades criminais, que correm o seu curso judicialmente, quer de responsabilidades políticas, que são bem mais abrangentes do que as demissões destes dois elementos", continuou Jorge Machado.

Para o deputado comunista, "a comissão parlamentar de inquérito formulada pelo CDS, da forma como a coloca, é limitativa, porque quer apurar responsabilidades políticas de junho de 2017 para a frente".

O general Rovisco Duarte justificou hoje, por escrito, perante o Exército o seu pedido de demissão, apresentado ao Presidente da República, com "circunstâncias políticas" que "assim o exigiram", disseram à Lusa fontes militares.

O mandato de Frederico Rovisco Duarte, que terminaria em abril do próximo ano, estava sob contestação desde o furto de material militar dos paióis de Tancos, divulgado em 29 de junho do ano passado, desde logo, internamente, quando decidiu exonerar, e depois renomear, cinco coronéis no âmbito da investigação interna ao furto.

Aquela decisão motivou a demissão de dois generais do Exército, Antunes Calçada e António Menezes.

A demissão do CEME ocorre dois dias depois da posse do novo ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, que substituiu Azeredo Lopes na pasta.

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