Rui Machete enaltece papel da diplomacia económica na CPLP
O ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE) enalteceu hoje as relações de diplomacia económica com os países de língua portuguesa, embora reconhecendo "problemas específicos" em países como Brasil ou Angola, este último "agora muito na berra".
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Política Países
"Como um aspeto muito particular e recente das nossas atividades diplomáticas, temos a chamada diplomacia económica, que no fundo acentua as trocas comerciais entre os países e que nesse aspeto obrigam a um conhecimento das estruturas económicas dos países onde as embaixadas se encontram", declarou Rui Machete na Assembleia da República.
O MNE falava na sessão de abertura das jornadas parlamentares conjuntas do PSD e do CDS-PP, que vão realizar-se entre hoje e terça-feira na Assembleia da República, com intervenções de todos os ministros do Governo e do primeiro-ministro, e que têm como temas "Economia e Justiça Social".
O Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, anunciou no dia 15, em Luanda, a suspensão da construção da parceria estratégica com Portugal, durante o discurso sobre o estado da Nação, na Assembleia Nacional de Angola, apontando "incompreensões ao nível da cúpula e o clima político atual".
Desde então, tem havido uma série de afirmações de responsáveis dos dois países sobre esta questão. A parte portuguesa tem procurado relativizar o problema mas, na quarta-feira à noite, o chefe da diplomacia angolana, Georges Chikoti, em entrevista à Televisão Pública de Angola, disse que Luanda deixou de considerar prioritária a cooperação com Portugal, elegendo África do Sul, China e Brasil como alternativas.
Também durante a tarde de hoje falou nas jornadas PSD/CDS-PP o ministro da Defesa Nacional, José Pedro Aguiar-Branco, que voltou a pedir que "desde o soldado mais anónimo até ao chefe militar mais notável" haja um grande rigor nas contas públicas.
O governante destacou ainda que com a estratégia Europa2020 que "aponta para uma estabilização do orçamento da Defesa nacional numa referência de 1,1% do PIB com uma variação para baixo ou para cima de 0,1%.
"Significa que pela primeira vez se consagra uma referência de planeamento (...) para que seja possível à estrutura militar e às forças armadas (...) poderem delinear o nível de ambição adequados à disponibilidade financeira que este país pode suportar", sublinhou Aguiar-Branco.
Todos os ministros do Governo PSD/CDS-PP e o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, foram convidados a fazer discursos abertos à comunicação social nestas jornadas parlamentares, que se realizam entre hoje e terça-feira.
Pelo contrário, as intervenções e questões dos deputados da maioria - bem como as respostas dos membros do executivo - serão à porta fechada, com exceção dos discursos de abertura e de encerramento feitos pelos líderes parlamentares do PSD e do CDS-PP.
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