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Após demissão, CDS considera percurso de Cabrita "um acidente"

O vice-presidente do CDS-PP Paulo Duarte classificou hoje o percurso político de Eduardo Cabrita como "um acidente", mas responsabilizou o primeiro-ministro por ter deixado o titular da Administração Interna permanecer no Governo.

Após demissão, CDS considera percurso de Cabrita "um acidente"
Notícias ao Minuto

19:18 - 03/12/21 por Lusa

Política Eduardo Cabrita

"A forma como este ministro sai, o percurso deste ministro, é também ele um acidente", comentou Paulo Duarte, em declarações à Sic-Notícia, ao comentar a demissão de Eduardo Cabrita na sequência da acusação de homicídio por negligência do Ministério Público ao seu motorista pelo atropelamento mortal de um trabalhador da autoestrada A6, em junho deste ano.

Para o vice-presidente centrista, "o principal responsável é o primeiro-ministro, que de forma displicente se limita a aceitar a demissão" e a "ser um espetador", deixando "um ministro em funções que não tinha condições para o ser"

"O CDS não esquece que há uma família que está em sofrimento e que tem de ser indemnizado o quanto antes, um família que está a sofrer. Para o CDS, a questão essencial é a família", declarou. Eduardo Cabrita pediu hoje a demissão do cargo de ministro de Administração Interna, depois de o Ministério Público ter acusado o seu motorista de homicídio por negligência pelo atropelamento mortal de um trabalhador da autoestrada A6, em junho deste ano.

Numa declaração aos jornalistas, o ministro disse que "mais do que ninguém" lamenta "essa trágica perda irreparável" e recusou que o Governo, o primeiro-ministro, António Costa, e o PS sejam penalizados pelo "aproveitamento político absolutamente intolerável" com o caso.

Pouco tempo depois, António Costa confirmou a demissão de Eduardo Cabrita e anunciou que "nos próximos dias" indicará o nome do sucessor.

Leia Também: Eduardo Cabrita, um ministro marcado por sucessivas polémicas

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