PCP/Açores defende 11 medidas para parar subida "brutal" do custo de vida
O PCP/Açores defendeu hoje a aplicação de 11 medidas imediatas para minimizar "o aumento brutal do custo de vida dos açorianos", criticando o Governo Regional de coligação (PSD/CDS-PP/PPM) de apresentar iniciativas "a granel".
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Política Governo Regional
"O PCP Açores insiste, mais uma vez, nas 11 medidas imediatas a implementar para minimizar o aumento brutal do custo de vida dos açorianos", sublinhou o coordenador regional do partido, Marco Varela, numa conferência de imprensa, em Ponta Delgada, ilha de São Miguel, para apresentação das conclusões da reunião da Direção Regional do PCP Açores (DORAA).
Marco Varela destacou como uma das "medidas imediatas" para mitigar os efeitos da "maior taxa de inflação dos últimos 30 anos" o aumento do acréscimo regional ao salário mínimo nacional para 7,5% e a criação e implementação de um plano de combate à precariedade laboral.
O partido insistiu ainda em "aumentos imediatos" em 15% da remuneração complementar, do complemento regional de abono de família e do complemento regional de reforma/pensão.
Outras das medidas propostas pelo PCP/Açores passa pelo "aumento e diversificação da produção regional, dos recursos e meios para o Serviço Regional de Saúde e para a Escola Pública".
O PCP/Açores defendeu ainda uma "oferta de habitação com custos de arrendamento controlado", possibilitando também a opção de compra.
A Direção Regional do PCP/Açores, que esteve reunida no sábado, em Ponta Delgada, alertou que a situação social na Região "continua a agravar-se a passos largos de mês para mês".
Segundo o PCP/Açores, "aumentam as desigualdades entre açorianos e entre as nove ilhas", enquanto "a economia regional abranda".
A Direção Regional do PCP Açores assinalou que os açorianos estão "confrontados com a maior taxa de inflação dos últimos 30 anos".
E "enfrentam o aumento do preço da energia, dos combustíveis, dos bens alimentares, do crédito à habitação e dos serviços em geral", acrescentou.
Para o PCP/Açores, "são cada vez mais os açorianos que empobrecem a trabalhar", uma "realidade que afeta já uma parte substancial da população, não só quem aufere o salário mínimo".
"Mas enquanto os baixos salários, a exploração, a desregulamentação de horários e a precariedade generalizada dificultam a vida da maioria das pessoas, os grandes grupos económicos continuam a apresentar lucros absurdos", apontou o partido.
O coordenador regional do PCP/Açores criticou a ação do Governo Regional da "coligação de direita, com o apoio parlamentar da extrema-direita", alegando que o executivo "pouco ou nada faz para travar a perda de poder de compra da maioria dos açorianos".
No entender do PCP/Açores, o Governo Regional apresenta "iniciativas a granel" e que "não têm um impacto real na estrutura económica da Região".
Marco Varela referiu que "os apoios financeiros aos projetos aprovados de muitas micro e pequenas empresas demoram mais de um ano para serem pagos".
A Direção Regional do PCP/Açores considerou ainda que o executivo açoriano "pouco faz para resolver a falta" de professores, assistentes operacionais, médicos de família e enfermeiros.
"Esta forma de governação é inaceitável. Estamos perante um governo que está focado somente na sua sobrevivência política, e que age principalmente em função das chantagens dos diferentes parceiros de coligação e apoios de incidência parlamentar, movido pelo clientelismo partidário e pela necessidade de favorecer os amigos, adotando ainda por cima uma postura de vitimização", afirmou.
O PCP/Açores anunciou que vai iniciar este mês "uma intensa fase de preparação" com vista à participação na Conferência Nacional do partido, que se realizará no Seixal, a 12 e 13 de novembro.
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