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IL diz que 'metrobus' é uma falácia e não resolve mobilidade no Porto

O líder da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, defendeu hoje que o que resolveria o problema de mobilidade na zona da Boavista, no Porto, era um "metro verdadeiro" e não "a falácia" do 'metrobus'.

IL diz que 'metrobus' é uma falácia e não resolve mobilidade no Porto
Notícias ao Minuto

18:11 - 28/10/23 por Lusa

Política Mobilidade

No 3.º Encontro Nacional dos Núcleos da Iniciativa Liberal, cujo principal objetivo foi a "preparação do caminho para as eleições autárquicas", o líder dos liberais destacou um conjunto de propostas da IL que poderão ser aproveitadas pelas estruturas e adaptadas à "realidade local" nas áreas da saúde, educação, habitação e transportes.

A propósito dos transportes e da mobilidade, Rui Rocha destacou o trabalho do núcleo da IL do Porto para abordar o 'metrobus'.

"O núcleo do Porto tem feito uma grande batalha contra o 'metrobus' porque não é solução e porque não resolve. Aquilo que resolveria, de facto, o problema de mobilidade no Porto seria uma solução de metro verdadeiro e não a falácia que é o 'metrobus'", referiu, dizendo que o projeto "não vai resolver nenhum problema" da população.

Na terça-feira, a IL do Porto criticou em comunicado o projeto do 'metrobus', o qual considerou "um erro colossal", e acusou o município de "silêncio constrangedor" em relação à obra, posição que o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, afirmou ter chegado tarde.

"O 'metrobus' é 90% autocarro, 10% metro e 0% solução", afirmou, citado num comunicado, o coordenador da IL do Porto, Albino Ramos, acrescentando que os "autocarros glorificados" do novo serviço "não contribuem, ou contribuem marginalmente, para verdadeiras transformações na forma como os portuenses se movem na cidade".

Para a IL, "todo o processo merece críticas", seja pelo projeto, pela falta de informação e comunicação à cidade, bem como pela própria obra, com "prazos de conclusão totalmente irrealistas, alterações diárias aos fluxos de trânsito, sinalização reduzida e confusa, abrigos mínimos e espaços de passagem reduzidos".

Em declarações à Lusa, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, afirmou que as críticas do partido ao projeto, apresentado há já dois anos, "chegam tarde".

"Parece desajustado e patético fazerem a crítica quando o projeto está em marcha", considerou o autarca independente, lembrando que o 'metrobus' é uma solução adotada por várias cidades europeias e que é essencial para a transição energética da cidade.

Quanto às obras, Rui Moreira salientou que o município não está satisfeito com o seu decurso e que tem, por diversas vezes, "chamado à atenção" da empresa do Metro.

"A Câmara do Porto mais não tem feito do que chamar à atenção", disse.

O novo serviço da Metro do Porto ligará a Casa da Música à Praça do Império (em 12 minutos) e à Anémona (em 17) em 2024, com recurso a autocarros a hidrogénio, circulando em via dedicada na Avenida da Boavista e em convivência com os automóveis na Avenida Marechal Gomes da Costa.

O investimento no 'metrobus' é totalmente financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e chega aos 66 milhões de euros, valores sem IVA, sendo que as obras arrancaram no final de janeiro.

Estão previstas as estações Casa da Música, Guerra Junqueiro, Bessa, Pinheiro Manso, Serralves, João de Barros e Império, no primeiro serviço, e na secção até Matosinhos adicionam-se Antunes Guimarães, Garcia de Orta, Nevogilde, Castelo do Queijo e Praça Cidade do Salvador (Anémona).

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