"Vivemos tempos difíceis e incertos. Porque não se faz um referendo para ouvir a opinião dos militantes do PSD e CDS?!

A mania de tudo se fazer nas costas dos cidadãos. Está campanha viveu em constantes cenários! Em vez de ser uma campanha elucidativa foi nebulosa.

Esta eleição disse que três partidos deveriam entender-se, pois não tem nenhum deles uma maioria. 

Em boa verdade depois destas eleições as coisas vão piorar para o PSD e PS. Não vale a pena ignorarem esta realidade.

A política portuguesa e a nossa democracia têm um elefante na sala. O dever do partido que venceu é dialogar e depois logo se verá. Uma coisa é governar com 29% outra bem diferente é governar com 35% ou 40%.

A maioria dos políticos portugueses teima em ignorar o Chega, em vez, de o trazer para o diálogo e para o compromisso.

Com esta postura, em breve o Chega vai tornar-se o partido mais votado. É uma questão de tempo.

Os portugueses ao votarem nestas eleições do dia 10 de março disseram o seguinte: Agradecemos ao PS tudo o que fez durante estes oito anos, na pandemia e nos aumentos de pensionistas e salários (votação honrosa). Agora é a vez de o PSD governar (venceu por uma unha negra), mas atenção não se esqueçam do Chega (votação surpreendente).

Se continuarem a ignorar o Chega vai-lhes sair caro. O Chega não come meninos ao pequeno-almoço, como há uns anos o PCP não comia meninos ao pequeno-almoço. 

Vejam o que aconteceu ao Augusto Santos Silva! A arrogância foi vencida.

Os portugueses querem estabilidade e que se entendam. Não interessa se é o partido A ou partido B ou C.

Há uma maioria de Direita, se não houver estabilidade, quem fizer finca-pé para que não haja abertura, entendimentos e cedências será penalizado nas próximas eleições.

A democracia tem evoluído vertiginosamente, as pessoas estão cansadas da velha política e de trafulhices.  

Há ainda quem não tenha percebido que o Chega é um comboio em andamento e a sua velocidade está a aumentar, convém que entrem na carruagem para não ficarem de fora."