"Hoje temos o primeiro debate quinzenal do novo Governo liderado por Luís Montenegro.

Ontem, ao apresentar a localização do novo aeroporto em Alcochete mostrou iniciativa e capacidade de decisão. Algo que não é muito comum em governos portugueses.

Além deste joker, há uma redução do IRS, que afinal é só de 200 milhões, as novas medidas na habitação e o aumento do teto do CSI. 

No fundo, hoje no debate tem algo para mostrar como capaz de governar e avançar.

Todavia, a sua posição é muito frágil por não ter uma maioria confortável no Parlamento e pelas demissões do CEO da Direção Executiva do SNS, a Provedora da SCML, do diretor nacional da PSP e a caminho a substituição dos diretores dos Museus e Património. 

Cheira um bocadinho a saneamento político.

Há também a polémica das contas públicas entre Miranda Sarmento e Fernando Medina.

O Governo tenta progredir e mostrar serviço, para ter uma almofada psicológica para dizer no próximo OE 2025 que tentou governar e não o deixaram.

O lema deste Governo é, por um lado acção, por outro lado vitimização.

Assim vai-se mantendo em pé.

Portugal vive um bom momento económico, tem conseguido sanar as suas contas à custa do sacrifício dos serviços públicos e dos investimentos do Estado.

Nos últimos anos, têm havido muitos protestos contra a deterioração da saúde e da educação, bem como as reclamações sobre a falta de investimentos públicos, que agora se tentam compensar com a chegada de fundos comunitários Next Generation.

O Governo luta contra o tempo e está no bom caminho."

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