PS diz provar-se excessivo otimismo da meta do Governo para défice
O PS considerou hoje que os mais recentes indicadores sobre a evolução do défice provam que a meta estabelecida pelo Governo (2,7%) se revela "claramente otimista" e sem qualquer fundamento face à realidade económica do país.
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Política OE2015
Esta posição foi assumida por João Galamba, membro do Secretariado Nacional do PS, após o Instituto Nacional de Estatística (INE) ter divulgado que o défice orçamental das administrações públicas atingiu os 5,8 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre deste ano, valor que compara com um défice de 5,9 por cento no período homólogo.
"O PS sempre considerou a meta do défice [2,7 por cento] do Governo bastante otimista. Na sequência dos dados hoje conhecidos, verificamos que houve uma redução homóloga do défice de praticamente zero", apontou o dirigente socialista.
De acordo com João Galamba, o valor agora apurado pelo INE representa "mais do dobro da meta prevista pelo Governo para 2015".
"O Governo prevê 2,7 por cento, mas estamos ao fim do primeiro trimestre em 5,8 por cento", disse.
Para João Galamba, os dados do INE "apenas confirmam aquilo que o PS tem dito sobre as metas do Governo".
"Tanto para o PS, como para todas as instituições internacionais que se pronunciaram, as metas do défice estabelecidas pelo Governo pareciam claramente otimistas e sem fundamento face à realidade da economia portuguesa", salientou o membro do Secretariado Nacional do PS.
De acordo com as Contas Nacionais Trimestrais por Setor Institucional, hoje divulgadas pelo INE, e considerando apenas os valores trimestrais, o défice das administrações públicas situou-se em cerca de 2.444,3 milhões de euros no primeiro trimestre de 2015, o equivalente a 5,8% do PIB, ligeiramente abaixo dos 5,9% verificados no mesmo período de 2014.
Os números hoje avançados pelo INE estão em contabilidade nacional, a que conta para Bruxelas para aferir o cumprimento dos compromissos assumidos por Portugal em matéria orçamental, sendo que, para este ano, o objetivo do Governo é reduzir o défice para 2,7% do PIB, ficando assim fora do Procedimento por Défices Excessivos.
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