"Não podemos esperar a força dos outros, temos de construir a nossa"
A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, pediu, no sábado, uma "votação expressiva" na sua moção de estratégia ao 27.º Congresso do partido para construir a força dos centristas "na diversidade, com uma grande união".
© Octavio Passos/Global Imagens
Política Moção
Numa intervenção curta, de encerramento da discussão das moções, ao fim de mais de 16 horas de trabalhos, Assunção Cristas pediu "uma votação expressiva" e citou o porta-voz do CDS-PP, João Almeida, que desafiou o partido a não esperar pela força dos outros.
"O João Almeida dizia que não podemos estar à espera da força dos outros, temos de construir a nossa própria força. É isso que estamos a fazer, na diversidade, com uma grande união", declarou.
A líder centrista disse ter ouvido durante toda a "intensa tarde" e noite de trabalhos "um partido fortemente unido num objetivo comum", de ser "a grande alternativa às esquerdas unidas".
Assunção Cristas pronunciou-se também sobre a dificuldade de gerir os trabalhos "com, apenas, na prática, um dia e meio de Congresso", anunciando que dentro de dois anos a reunião magna terá três dias.
"A dois anos, eu queria que vocês pusessem nas vossas agendas, já podemos pensar em dois dias inteiros, com duas noites de Congresso, e digo-vos com esta antecedência, para todos começarmos a por algum dinheiro de lado de maneira a que haja um dia inteirinho para podermos ter uma grande e forte discussão e podermos dormir mais horas de sono", afirmou.
A líder do CDS-PP explicou disse ainda que se colocou a questão de os congressistas terem " disponibilidade e recursos financeiros, porque custa sempre dinheiro" ir aos congressos, "para serem duas noites, três dias".
"A dúvida, no limite, leva-nos sempre por uma solução mais poupada e mais rápida", justificou.
Antes da votação, o porta-voz da tendência Esperança em Movimento (TEM), Abel Matos Santos, defendeu que "quem tinha medo e receio de uma tendência no partido já percebeu que a TEM só trouxe mais-valia ao partido".
A moção de estratégia global da TEM, intitulada "Portugal a sério", não foi a votos, mas a tendência apresentará listas próprias aos órgãos nacionais.
Por seu lado, Miguel Matos Chaves, primeiro subscritor da moção "Um serviço a Portugal" disse pretender "contribuir para que a direita portuguesa não esteja órfã" e propôs algumas medidas para prevenir e combater incêndios florestais.
Subscrita em primeiro lugar por Pedro Borges de Lemos, a moção "O futuro no presente" também foi retirada da votação. Ismael Pimentel criticou a "gestão" e a "organização" do Congresso, sublinhando que os congressistas quiseram levar a discussão das moções até ao fim, apesar da hora, 03:30 da madrugada de domingo.
Na apresentação da moção "Compromisso de gerações", Telmo Correia disse que a primeira conclusão do primeiro dia do 27.º Congresso do CDS-PP é que "é muito mais aquilo que une" o partido do que aquilo que o divide.
Telmo Correia explicou ainda que retirava a moção em favor do documento de Assunção Cristas para quem pediu "uma votação expressiva".
O presidente da Federação dos Trabalhadores Sociais Democratas, Fernando Moura e Silva, manifestou apoio a Assunção Cristas em políticas "que sejam inclusivas", apesar de algumas "divergências, poucas".
Pela Juventude Popular (JP), que também retirou a moção, Francisco Tavares disse que a JP "está ao lado" de Assunção Cristas, afirmando esperar que a próxima direção integre nas suas medidas propostas dos jovens do CDS-PP.
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