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CDS propõe reposição da taxa reduzida do IVA nos espetáculos culturais

O CDS-PP propôs hoje a reposição da taxa reduzida do IVA sobre entradas em espetáculos culturais no projeto de resolução de alternativa ao Plano Nacional de Reformas do Governo.

CDS propõe reposição da taxa reduzida do IVA nos espetáculos culturais
Notícias ao Minuto

15:06 - 19/04/18 por Lusa

Política Pedro Mota Soares

"Neste momento não se justifica a manutenção do IVA nos 13% para espetáculos culturais", defendeu o deputado Pedro Mota Soares, em conferência de imprensa, propondo a sua descida para 6%.

Na conferência de imprensa, foram apresentadas as medidas alternativas que os centristas incluíram no projeto de resolução com 82 páginas, que acompanha o diploma em que propõem a rejeição do Programa de Estabilidade.

Entre essas medidas está a inscrição no Programa de Estabilidade 2018-2022 de "uma descida sustentada e programada ao longo dos próximos anos da carga fiscal, com especial incidência na atração de investimento, no crescimento, no crescimento da economia e no alívio da carga fiscal sobre as famílias".

O CDS retoma muitas das medidas de anos anteriores, como a retoma da baixa do IRC para 17% ou a reposição do quociente familiar, a eliminação da taxa extraordinária do Imposto sobre Produtos Petrolíferos, juntando-as a outras ideias que mais recentemente tem vindo a defender, como a de um estatuto fiscal para o interior.

"É a nossa alternativa", declarou o líder parlamentar Nuno Magalhães, acompanhado também pela deputada Ana Rita Bessa, na conferência de imprensa que foi sobretudo conduzida por Pedro Mota Soares.

No projeto, o CDS volta a propor um "crédito fiscal extraordinário ao investimento, que corresponda na prática a uma dedução à coleta de IRC no montante de 25% das despesas de investimento realizadas, até à concorrência de 75% daquela coleta".

No domínio da desburocratização, a introdução das chamadas 'sunset clauses' na nova regulamentação de atividades económicas é outra das medidas já defendidas pelo CDS no passado e que é retomada no projeto de resolução.

Estas cláusulas têm um prazo de caducidade automática, ao fim de prazos variáveis, dependendo da matéria, "se não houver uma vontade explícita e politicamente sufragável, de a manter em vigor, obrigando o Estado a rever periodicamente a burocracia que cria".

Na saúde, os centristas querem o fim do "subfinanciamento dos hospitais, alterando o atual modelo dos contratos-programa, por forma a que sejam contempladas verbas para a introdução de novas terapêuticas, de novas abordagens clínicas e para a reparação e/ou substituição de equipamentos avariados ou obsoletos", sustentam no projeto.

O CDS quer ainda que os conselhos de administração dos hospitais tenham mais autonomia, sobretudo no que diz respeito à contratação de recursos humanos.

Na área da educação, os centristas propõem a universalização do pré-escolar aos três anos, até 2019, recorrendo à contratualização com a rede privada, social e cooperativa, bem como a obrigatoriedade daquele ensino aos cinco anos de idade no ano letivo 2018/2019.

Na prioridade ao "descongestionamento dos tribunais", o CDS avança medidas para uma resolução mais rápida de processos judiciais, como a "criação de uma verdadeira rede de centros de mediação e de arbitragem", e "o estabelecimento da obrigatoriedade de recurso à mediação e à arbitragem em caso de conflitos de consumo", entre outras medidas.

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