NASA procura propulsão mais ecológica e eficiente para naves espaciais
Vão ser feitas várias missões no próximo ano para testar naves mais eficientes e melhores ecologicamente.
© Getty Images
Tech NASA
A NASA e a indústria espacial vão fazer várias missões no próximo ano para testar naves espaciais mais eficientes e melhores ecologicamente, incluindo um propelente não tóxico e energia solar.
A rápida expansão do voo espacial privado, juntamente com as missões planeadas para a Lua e Marte, gerou a necessidade de um manuseio mais fácil da nave espacial e do seu combustível, disse Jeff Sheehy, engenheiro-chefe da NASA de tecnologia espacial, numa entrevista.
A indústria tradicionalmente confiava em produtos químicos perigosos como a hidrazina, que contêm gases tóxicos ou o oxigénio liquefeito que é altamente explosivo. Mas novos combustíveis, sem esses riscos, têm custos de manuseio mais baixos e maior segurança, disse Sheehy, acrescentando que "toda a gente quer construir o seu próprio pequeno satélite atualmente, mas há poucos sítios no país onde se pode lidar com a hidrazina tóxica".
A NASA testou um novo combustível livre de fumo conhecido como ASCENT - Advanced Spacecraft Energetic Non-toxic Propellant - em 2019 num satélite experimental, o GPIM. A experiência foi um sucesso, permitindo que a pequena nave espacial funcionasse como uma nave movida a hidrazina.
A NASA planeia usar o mesmo combustível mais limpo numa pequena nave que será enviada à lua na missão programada Artemis I, chamada 'Lunar Flashlight', ainda este ano. A missão será uma de várias para tentar encontrar gelo de água na lua.
Outra experiência com combustível verde acabou de ser concluída com sucesso no espaço, recorrendo apenas a água como combustível, explicou Sheehy. Era uma nave experimental chamada Hydros, da empresa Tethers Unlimited, da área de Seattle, que foi lançada num foguete SpaceX, da Flórida, em janeiro. A nave usou a eletrólise para dividir as moléculas de água em hidrogénio e oxigénio e usou esses elementos como combustível.
Recentemente, a NASA concedeu um novo contrato de 124 mil dólares para a ExoTerra Resource, sediada no Colorado, para desenvolver uma missão em que um foguete deverá usar painéis solares para carregar propulsores eletrónicos.
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