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EUA acusam chinesas AliExpress e WeChat de permitirem pirataria

Gigantes da tecnologia chinesa, como as proprietárias das plataformas AliExpress (Alibaba) e WeChat (Tencent), estão na lista de empresas cúmplices de pirataria divulgada hoje pelo gabinete do Representante do Comércio do governo dos Estados Unidos.

EUA acusam chinesas AliExpress e WeChat de permitirem pirataria
Notícias ao Minuto

07:37 - 01/02/23 por Lusa

Tech Pirataria

Produtos falsificados e 'piratas' da China representaram 75% do valor de artigos fraudulentos apreendidos pela Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP) dos EUA em 2021.

A atualização do "Relatório dos Mercados de Falsificação e Pirataria Mais Notórios" detalha uma série de empresas cúmplices da contrafação e pirataria de produtos físicos e digitais, incluindo de âmbito cultural como filmes ou música.

Segundo refere este gabinete no relatório, o WeChat, aplicativo da Tencent, semelhante ao WhatsApp, mas com muitas funcionalidades extras, é "uma das maiores plataformas de produtos falsificados na China".

Embora a Tencent o descreva como uma "ferramenta de comunicação social e uma plataforma de publicação de informações", o WeChat "fornece um ecossistema de comércio eletrónico que facilita a distribuição e venda de produtos falsificados aos utilizadores da plataforma do WeChat", detalha.

Esta prática é possível graças a recursos como os "canais" WeChat de vídeo de curta duração para anunciar produtos falsificados diretamente aos consumidores, que podem comprá-los através de um outro recurso, o "carrinho de compras", presente na aplicação.

"Os esforços da Tencent para combater a falsificação no que diz respeito ao ecossistema de comércio eletrónico WeChat foram inadequados", sublinha o gabinete no relatório.

Os Estados Unidos também visam o grupo Alibaba e a sua plataforma global, a AliExpress, bem como a chinesa Taobao, uma das maiores plataformas de comércio eletrónico do mundo.

Ambas são plataformas de comércio eletrónico que ligam consumidores de todo o mundo com vendedores sedeados na China.

Embora a Alibaba "seja conhecido pelos seus processos e sistemas antifalsificação que estão entre os melhores do setor de comércio eletrónico", a realidade é bem diferente porque existe "uma difusão de produtos falsificados na plataforma", realça o relatório.

Esta prática ocorre porque existem falhas, como a contínua falta de verificação efetiva de fornecedores e verificações de infratores reincidentes.

O gabinete do Representante do Comércio do governo dos Estados Unidos, liderado por Katherine Tai, sublinha que, embora a venda e distribuição de produtos falsificados e pirateados 'online' seja "uma preocupação crescente", os mercados físicos continuam a permitir um comércio substancial de itens falsificados e pirateados.

Quer a pirataria de direitos de autor, quer a falsificação de marcas registadas "causam perdas financeiras significativas para os detentores de direitos e empresas legais dos EUA, minam as vantagens comparativas cruciais dos EUA em inovação e criatividade em detrimento dos trabalhadores norte-americanos e representam riscos significativos para a saúde e segurança dos consumidores", desta ainda o gabinete no relatório.

Leia Também: China acusa EUA de abusarem de controlos sobre exportação de tecnologia

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