"Hoje confunde-se boa educação com sedução e sedução com assédio"
Sofia Nicholson esteve à conversa com o Notícias ao Minuto, uma entrevista onde fala abertamente sobre a sua carreira e temas que marcam a atualidade, como o assédio sexual.
© Blas Manuel / Notícias Ao Minuto
Fama Sofia Nicholson
Com uma carreira de mais de 30 anos, Sofia Nicholson conta já com muitas memórias para partilhar. Proveniente de uma família de artistas - é filha de Francisco Nicholson e Colette Liliane Dubois - o mundo das artes esteve sempre muito presente na sua vida e continuará a estar, uma vez que seguiu esse caminho, tendo-se estreado no palco pela primeira vez aos 15 anos.
Além dos palcos, a atriz interpretou também várias personagens na ficção portuguesa, entre elas ‘Espírito Indomável’, ‘Deixa Que Te Leve’, ‘Morangos Com Açúcar’ e, mais recentemente, na novela ‘Paixão’.
Sofia Nicholson é a entrevistada de hoje no Vozes ao Minuto, uma conversa sobre as primeiras pisadas no palco, as recordações do pai, e na qual aborda abertamente um dos assuntos que tem vindo a marcar a atualidade: o assédio sexual.
Construiu carreira no mundo das artes e desde cedo se interessou pela representação, até porque cresceu no teatro e nos estúdios de televisão, enquanto filha do ator Francisco Nicholson. Ele foi uma grande influência no caminho que escolheu?
Ele é um exemplo que quero seguir, sem dúvida. Se ele me influenciou? De uma forma sim, por eu ter crescido e ter logo sentido o bichinho do palco. Agora, não me incentivou e preferia que tivesse seguido outra carreira, pelo menos no início, depois sei que estava bastante orgulhoso e contente do meu percurso. O palco era uma constante na minha vida. A minha mãe era bailarina, a Magda [madrasta] era bailarina... É engraçado estar a falar nisso porque fala-se muito na influência do meu pai, da minha mãe ou da família o geral, mas ainda há dias saiu o aniversário do 38.º ano desde a saída do filme ‘Fame’. Acho que esse filme influenciou bastante a minha vontade de ser atriz e de pisar um palco. Com o meu pai estava duas vezes por ano porque vivia em França e com a minha mãe. O ‘Fame’ era uma coisa regular na minha vida lá. Houve um conjunto de várias coisas que influenciaram essa vontade de estar num palco.
Ser filha de um nome tão conhecido tem ou não impacto no percurso profissional? Abre ou não portas?
Abriu e fechou. O meu pai também tinha os seus ‘haters’. É óbvio que era muito respeitado no meio, mas não creio que isso me tenha aberto muitas portas. Fiz sempre questão de fazer um percurso distinto. É óbvio que entrei em novelas do meu pai, mas se formos a ver o meu percurso, não foram assim tantas em relação aos outros autores e o meu pai também tinha muito cuidado. Podia sugerir o meu nome, mas se fosse um 'não' era um 'não'. Sei que com certeza que deve ter aberto algumas portas, mas também deve ter fechado.
A partir do momento em que decidi usar o nome do meu pai, tinha um nome a honraSentiu, de certa forma, alguma pressão?
Há uma pressão mas que é criada por mim. Sinceramente, não sinto que tenha tido os olhos postos em mim por ser filha dele. A pressão foi criada por mim, tinha um nome a defender. Havia, de facto, uma admiração brutal pelo trabalho do meu pai e desenvolvido por ele. A partir do momento em que decidi usar o nome do meu pai, tinha um nome a honrar. Eu é que estabeleci um patamar de excelência e conduta.
O meu pai deveria ser muito mais homenageado
Quando o seu pai morreu foram muitas as homenagens. Esses tributos ‘amenizaram’ a dor da perda ou acabaram por intensificá-la?
O meu pai deveria ser muito mais homenageado do que foi, portanto, para mim não chega. Acho que merecia muito mais. O meu pai foi um pioneiro em muita coisa em termos de cultura, é um reconhecimento que lhe é devido. Ajudar-me na dor da perda? Não. São questões diferentes.
Sente que em Portugal há atores que não são devidamente reconhecidos em vida?
Sinto. Acho que as pessoas só se lembram de homenagear atores depois de partirem, é uma coisa muito humana, só sentimos essa necessidade depois da perda, quando ela já aconteceu. Nunca sabemos o quão perdemos até o termos perdido e não cuidamos dos nossos vivos. Andamos um bocadinho distraídos, andamos muito na bolha, pouco atentos ao que nos rodeia de perto. Às vezes damos mais importância a coisas que não nos dizem respeito diretamente.
A Internet dá-nos acesso a tudo, mas se calhar só conseguimos aprofundar dois ou três assuntos. Há pouco foco
Quais os exemplos do seu pai que não se esquece de seguir todos os dias?
O meu pai foi desde sempre muito trabalhador e uma pessoa muito atenta a tudo o que acontecia, estava sempre a criar, a pensar no que é que ia fazer. Intelectualmente era extremamente hiperativo. E era muito focado. Era um bocadinho ‘enfant terrible’, não vou dizer indisciplinado, mas era maroto, malandreco... O meu pai era uma pessoa muito trabalhadora, atenta e alegre, capaz de encontrar uma piada sobre tudo e falar de forma informada sobre todos os assuntos. Eu não sou uma pessoa que consiga falar de tudo, se o fizesse seria pela rama, não de forma aprofundada. Se calhar há também um fator geracional, trabalhamos em rede, temos acesso a tudo mas não não aprofundamos essa nova forma de acesso ao conhecimento. A Internet dá-nos acesso a tudo, mas se calhar só conseguimos aprofundar dois ou três assuntos. Há pouco foco.
Com uma carreira de mais de 30 anos...
Sim, comecei a pisar o palco aos 15 anos. Profissionalmente, a minha primeira peça profissional foi aos 26, no Teatro da Trindade.
O que recorda dessa estreia aos 15 anos?
Recordo a minha avó não me reconhecer. Eu já estava em cena há algum tempo e a minha avó estava muito perturbada porque eu nunca mais entrava em cena e a dada altura perguntou à minha mãe: ‘Então, mas a Sofia nunca mais aparece?’ E a minha mãe respondeu: ‘Mas a Sofia está ali, é aquela personagem vestida de castanho’. É uma memória indireta, mas foi-me contado pela minha mãe. E pronto, o nervosismo e uma adrenalina muito grande que continuo a gostar muito de sentir no palco. É uma adrenalina diferente da televisão, mas é igualmente bom.
Como é que define essa tal 'magia' do teatro?
Vou dizer uma coisa que o meu filho uma vez disse quando me informou que queria ser ator. Quem estava comigo perguntou-lhe se ele queria ser ator porque a mãe e o avô também eram e ele respondeu: ‘Não. Quero ser ator porque assim posso ser tudo’. E acho que a magia do teatro/representação é isso. Podemos ser bons, maus, loucos, médicos, polícias... Não é que a minha vida seja monótona, porque não é.
Dizem que os atores têm egos gigantes, nunca compreendi muito bem porquê, se calhar porque há uma necessidade de reconhecimento, de se mostrar, de espetáculo, de palco, de cena, de luzes...
Quais as maiores lições que aprendeu ao longo do seu percurso profissional?
Não nos levarmos demasiado a sério, a vida é muito curta. Para mim há uma coisa que é muito importante em todos os aspetos: o respeito pelo próximo. Há uma coisa que gosto imenso na representação: dar e receber. Dizem que os atores têm egos gigantes, nunca compreendi muito bem porquê, se calhar porque há uma necessidade de reconhecimento, de se mostrar, de espetáculo, de palco, de cena, de luzes... o ego para mim não entra aí. É óbvio que é ótimo ser reconhecida, estaria a mentir se dissesse que não, é ótimo sentirmos o carinho do público. Nós entramos em casa de pessoas e significamos algo para essas pessoas, ajudamos as pessoas que se calhar estão a passar por um mau momento. Vejo isso como uma coisa boa, é óbvio que isto alimenta de alguma forma o ego, mas não entendo o lado negativo desse facto. Para mim a representação é isso: dar e receber.
O que mudou no mundo da representação, comparando com os seus primeiros passos na indústria?
Acho que na arte da representação não mudou nada. A forma de agora lidarmos com a exposição é que está diferente, há uma maior preocupação em mostrar o 'outro lado' do ator. Não sei quem é que alimenta o quê: se foi o público que começou a 'pedir' isto ou se foram os atores que resolveram mostrar isto. Há uma preocupação em mostrarmos o que fazemos fora da nossa profissão que eu nem sempre entendo. Tenho redes sociais, mas porque me disseram que era importante tê-las. Não entendo essa coisa de mostrar aquilo que como, não entendo essa coisa de que todos os dias tenho que publicar qualquer coisa sobre mim, o que fiz, como é que acordei... Isto não tem a ver com a evolução da arte da representação, tem a ver com a evolução em termos sociais do mundo em geral. Se os meus colegas não tirarem fotografias comigo antes de entrar em cena ou depois de uma cena, eu não me lembro de o fazer e acredito que isto até me possa prejudicar de alguma forma porque hoje em dia parece ser importante. Estas necessidades fazem-me muita confusão e sinto que não me identifico com este conceito. Eu não vivo através de uma lente, se vou a um concerto não me lembro de publicar e muitas das coisas que publico peço a outras pessoas para me mandarem um vídeo para eu publicar. Porque eu estive a ver aquilo e a registar na minha memória, não na memória do meu telemóvel.
Houve claramente uma mudança quando saíram as redes sociais…
E eu não acompanhei. É óbvio que me dizem que devo e que as pessoas gostam de saber, que se sentem mais próximas de nós…
Qual a personagem que mais marcou o seu percurso profissional?
Há várias. Assim de caras vou dizer a Gertrudes do ‘Deixa a que te leve’, a Teresa do ‘Espírito Indomável’... É difícil escolher porque eu acarinho todos os trabalhos que abraço, mas em termos de trabalho, a Gertrudes foi um trabalho de composição, é uma personagem que que não era parecida comigo. Era uma minhota, trabalhava na terra, analfabeta, mais velha do que eu. Uma personagem cómica à qual eu atrevi-me a atirar-me para fora de pé. Assumi os meus cabelos brancos, deixei de arranjar as sobrancelhas, de arranjar as unhas... Durante nove meses estive dentro dessa personagem. Foi uma personagem que me deu um gozo bestial porque para já em termos de improvisação deu-me muita estaleca porque estava com uma pessoa que é perita em improvisação que é o Vítor Norte. Depois tínhamos um núcleo que era absolutamente extraordinário. A Teresa do ‘Espírito Indomável’ pelo exemplo que espero ter conseguido passar. Foi uma personagem que tive que me informar, tentar perceber e defender aquela personagem porque eu, Sofia, não entendia como é que aquela personagem ficava em casa de um opressor a levar tareias, a ser maltratada... Para mim, Sofia, se me levantas a mão uma vez, não levantas duas, acabou. Foi uma mulher que passei a respeitar, a honrar.
Nessa altura, quando interpretou essa personagem, teve algum feedback do público?
Sim, imenso. Naquela altura ainda não havia tanto ‘boom’ das redes sociais e era na rua. Lembro-me de estar em centro comerciais com o meu filho e das pessoas agarrarem-me, de virem falar comigo. Gostava de ter podido fazer mais com essa personagem.
Participou em vários formatos icónicos como o ‘Super Pai’, ‘Camilo, o Pendura’, ‘Morangos com Açúcar’... Qual deles teve maior influência na sociedade portuguesa?
Não há dúvida nenhuma que, em termos de formatos infanto-juvenil, os 'Morangos com Açúcar’ representam um marco na ficção portuguesa. Foi um ‘boom’. Não sei se havia alguma consciência ou noção do que aquilo viria a ser. É óbvio que a partir dai também houve a crescente da nova leva de jovens atores, aliás, nos chamávamos as fornadas ‘Morangos’. Muito miúdo que quis ser ator a partir daí. Em termos de ficção foi, de facto, um marco.
Vamos aos pouquinhos, se conseguirmos 1% do orçamento já é brutal e faz uma diferença substancia
Dispensar 1% do Orçamento do Estado para a Cultura é suficiente?
Suficiente provavelmente nunca será, agora já era uma conquista esse 1%. Vamos aos pouquinhos, se conseguirmos 1% do orçamento já é brutal e faz uma diferença substancial. Parece ser um clichê dizer que um país sem cultura não é um país mas a cultura é importante temos que lutar por esse 1%. Já fará muita diferença. Há prioridades que não entendo. Os discursos dos nossos políticos afirmam que se deve dar muito mais importância à cultura, mas claramente a cultura não tem sido uma prioridade na nossa política.
Tenho amigos e colegas que estão constantemente em modo 'sedução'. Isso não é assédio
Passados todos estes meses desde a primeira denuncia, o assedio sexual continua a ser tema em foco na sociedade. O mundo, especialmente o artístico, acordou tarde para esta realidade?
Não. Vou ser muito sincera. Já me começo a rir um bocadinho com essa história do assédio sexual porque acho que já está toda a gente a meter tudo no mesmo saco. Sou mulher, defendo os direitos das mulheres, mas há que não confundir as coisas. Hoje em dia qualquer piropo passa a assédio. Vamos com calma. Parece que neste momento há uma espécie de caça às bruxas. Há que saber fazer as diferenças. Se me falarem de uma mãozinha por cima do ombro, não vou chamar isso de assédio. Pode ser inapropriado mas o assédio é o exercício abusivo de um poder sobre o mais frágil. Se o meu vizinho do lado me disser 'bom dia' todos os dias e me disser hoje estou bonita, não vou considerar esse comportamento com assédio. É um assunto delicado e já estou a ver tudo a cair-me em cima, mas qual é a mulher que nunca gostou de ser seduzida? Ou de sentir que tem algum impacto sob o outro? O assédio começa a partir do momento que alguém está a forçar a sua vontade sobre o outro, é uma questão de poder. Isso sim, é assédio.
Tenho amigos e colegas que estão constantemente em modo 'sedução'. Isso não é assédio. Chegamos a um ponto que já se confunde boa educação com sedução e sedução com assédio. Está tudo metido no mesmo saco e não pode ser. Continuo a gostar de um bom elogio. Um piropo elegante não me deixa ofendida… Será que não há umas vinganças pelo meio?… Já me acusaram por levantar estas questões de não ser feminista. Mas definam-me feminismo? Onde entra ele aqui? Há mulheres que também assediam. Porque assédio quer moral quer sexual é uma questão de poder sobre o fraco, a mulher nem sempre é o lado mais fraco. Continuo a gostar de um homem cavalheiro. Sou mulher e gosto da minha condição de mulher. A sedução faz parte da natureza das relações humanas e não deve ser confundida com assédio.
Iniciou recentemente um tratamento médico para perder peso. Fale-nos sobre este processo... O que a levou a seguir esta dieta?
Com 48 anos e o meu metabolismo começou, por motivos óbvios, a baixar. Depois sou uma pessoa gulosa, que gosta de comer. Como boa portuguesa gosto de jantar fora com os meus amigos, de um bom convívio... De repente uma pessoa pesa-se e ups... Já não perco peso com tanta facilidade e eu gosto de me sentir bem. Gosto de olhar para mim e de gostar daquilo que vejo e houve uma altura em que já não estava a gostar. Não é só por motivos profissionais, mas também pessoais. Há aquele vestido que gostamos de usar e que nos fica muito melhor com menos peso. Ainda por cima não sou propriamente uma pessoa alta, portanto, tinha que ter alguns cuidados e achei que estava na altura. Não sou escrava da dieta. Já fiz outras dietas. Já estive mais magra, mais gorda... Mas agora senti mesmo que estava a precisar de ajuda especializada, no sentido de ser seguida. Aos 48 anos não posso fazer dietas sem alguns cuidados e a vantagem da Pronokal é que somos seguidos por médicos, não nos lançam para a dieta sem termos toda uma bateria de análises para sabermos em que estado é que estamos. Aliás, acho que nunca tinha feito tantas análises a tanta coisa, e somos controlados de 15 em 15 dias. Isto dá uma segurança muito grande.
Quais foram os primeiros resultados e em quanto tempo?
Em cerca de um mês já tinha perdido quatro a cinco quilos. Ao fim de dois meses estava quase em oito. Estabilizei nos oito. Queria perder mais mas a minha médica não deixou. [risos] Foi uma questão de saúde, de bem estar físico e psicológico.
Essa dieta também passa pelo exercício físico...
Sim. Aconselham a praticar exercício físico, se bem que no início até nem é uma coisa muito violenta. Mas sim, tonificar, para garantir que não se perde massa muscular. Se bem que é uma dieta rica em proteína, a massa muscular não é suposto perder-se.
Mas faz exercício físico?
Faço pilates regularmente e vou caminhar...
Era algo que já fazia ou começou a fazer depois da dieta?
Já fazia pilates. Depois como tenho a vantagem de viver junto do mar, vou para onde vou fazer as minhas caminhadas.
E sente-se com mais energia?
Muito mais. E dorme-se melhor, acorda-se bem disposto... Não fui às cegas, amigas minhas já tinham feito e sabia que era uma aposta segura.
Como é que lida com o envelhecimento?
Não lido mal com o envelhecimento, desde que tenha qualidade de vida, que continue com a cabeça fresca que sempre tive. Tenho 48 anos cronologicamente, na cabeça acho que tenho bastante menos. Se envelhecer com qualidade, vejo bem. Agora, as rugas? Hoje em dia há muita coisa que atrasa as rugas e não é preciso passar por cirurgias. Alias, se tivermos um certo cuidado alimentar podemos retardar o envelhecimento da pele. É preciso é estar bem e viver com qualidade. Não me apetece ser a velhinha dependente de outro. Quero viajar até tarde, fazer muita coisa até tarde com qualidade.
É mãe de um jovem, Hugo.... Ser mãe é o maior desafio da vida de uma mulher?
Não sei se é o maior desafio de uma mulher, é o meu maior desafio, sem dúvida. Quem não tem ainda a noção do que é amor incondicional, passa a tê-lo, pelo menos eu passei a tê-lo no dia em que fui mãe. É uma responsabilidade brutal trazer alguém ao mundo. Conseguir criar um ser responsável, feliz, de bem com a vida e com valores... Só tenho um [filho] mas acho ainda mais desafiante ter dois ou três, no sentido em que podem sair-te três filhos completamente diferentes e o que resulta para um pode não resultar para os outros. Estás em constante descoberta. Por acaso até tive um filho que me desafiou bastante. Quando o pediatra me dizia para o distrair que ele esquecia, não esquecia coisíssima nenhuma. Quando às vezes alguma coisa resultava, tentava aplicar noutra ocasião e já não resultava. Nunca ninguém sabe o dia de amanhã, mas é um desafio maravilhoso.
Que tipo de mãe é a Sofia Nicholson e quais os principais conselhos que deu ao seu filho?
Às vezes terei sido demasiado permissiva. Optei sempre pelo diálogo, por lhe explicar as coisas, não sou propriamente uma general. Sempre tentei explicar as coisas com muito amor e carinho. Os conselhos acho que são os que todas as mães dão, que é sê tu próprio, sê feliz, busca a tua felicidade, a tua liberdade acaba quando pisa a liberdade do outro, respeita-te a ti próprio e os outros... Como qualquer mãe quero que o meu filho seja feliz, que encontre o seu caminho, o que o apaixona, o que o motiva, que encontre a sua ambição e que vá atrás com todas as suas forças com convicção, paixão... que seja feliz naquilo que ele escolher.
Qual o momento mais marcante que já viveu?
São tantos. É impossível enumerar.
E arrepende-se de algum?
Não me posso arrepender de nada porque não seria a mulher que sou hoje se não tivesse passado por tudo aquilo que passei. Como gosto muito da mulher que sou hoje, não me posso arrepender de nada do que vivi porque, provavelmente, se fosse para trás e mudasse alguma coisa, não seria a mulher que sou hoje.
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