"Nunca se viu tanto cinema. Vê-se é através de outros meios"
Mário Dorminsky é um dos entrevistados de hoje do Vozes ao Minuto e falou connosco sobre a 39.ª edição do Fantasporto.
© Global Imagens
Cultura Mário Dorminsky
Está aí mais uma edição do Fantasporto, um dos festivais de cinema mais relevantes a nível nacional mas também a nível internacional, como atestam alguns dos filmes e realizadores que já passaram pela Invicta.
O certame, que já vai na sua 39.ª edição, arrancou em 1981 e, desde então, Mário Dorminsky e Beatriz Pacheco Pereira, dois dos fundadores do Fantas, olharam sempre em frente, com o objetivo de mostrar o que de melhor a Sétima Arte tem para oferecer.
O Notícias ao Minuto esteve à conversa com Mário Dorminsky que falou sobre a nova edição e mergulhou na história do festival de cinema.
Este ano o Fantasporto tem como tema 'Desafios da Modernidade', uma escolha que não foge à atualidade que vivemos e aos riscos existentes para a democracia a nível global. Os filmes que vão ser exibidos, originários de cerca de 60 países, abordam algumas das temáticas que têm marcado os últimos anos como os perigos da internet, o empoderamento das mulheres ou o ambiente.
A um ano de celebrar 40 anos de Fantasporto que têm sido marcados pela descoberta de alguns dos filmes e realizadores que se celebrizaram, Mário Dorminsky defende a estrutura do certame e salienta o crescimento registado ao longo das décadas. Sente que o Fantas não tem o reconhecimento nacional que conquistou com muito trabalho e que lhe é atribuído além-fronteiras.
Realça a redução nos apoios financeiros ao festival para a qual contribui o facto de se realizar no Porto, que foi "desaparecendo do mapa". Dorminsky toca ainda numa contradição que se vive nos dias que correm. Apesar de as salas de cinema estarem a perder espectadores nos últimos anos, o organizador do Fantasporto frisa que "nunca se viu tanto cinema", os meios através do qual o cinema é visto é que são outros.
O Fantasporto começa no dia 22 de fevereiro e decorre até dia 3 de março no Teatro Rivoli, no Porto. Mas a partir de 19 de fevereiro há clássicos do cinema para (re)ver. Conheça a programação completa aqui. Os preços dos bilhetes variam entre os 3,5 e os 8 euros. Há ainda um livre trânsito para o Rivoli que custa 80 euros.
Porque escolheram para esta edição o tema ‘Desafios da Modernidade’?
Há cerca de 15 anos que temos um programa paralelo ao festival que envolve conferências, workshops e exposições e, logicamente, quando fazemos a seleção pensamos no tema que escolhemos para poder ampliar na área do cinema, em particular, um determinado conceito que se enquadre naquilo que é o Portugal de hoje e não só, o próprio mundo.
A opção deste ano pelos ‘Desafios da Modernidade’ é uma opção lógica porque vivemos um tempo de contradições, enquanto durante vários anos lutámos pela liberdade, pela democracia, nos últimos anos sentimos que essa liberdade e democracia existem mas que estão a ser invertidas, por assim dizer, e isto está a virar para uma área que é perigosa. É uma área que é uma espécie de regresso a um passado não muito distante que tem a ver com as ditaduras do início do século passado.
Em termos políticos diz-se que é uma viragem à Direita, eu não acho que seja viragem à Direita ou não viragem à Direita, acho é que é uma situação de perigo por falta de preparação das pessoas relativamente ao quotidiano que estamos a viver. Um difícil quotidiano porque como se sabe – só não sabe quem é cego – estamos a viver uma guerra económica, que é a guerra dos tempos que correm e que afeta o mundo em geral.
A programação deste ano do Fantasporto conta com muitos filmes que abordam algumas questões atuais. Há filmes que focam o empoderamento das mulheres, o documentário ‘The Panama Papers’, sobre o jornalismo de investigação e que vai incidir na questão da acumulação de riqueza e de desigualdades sociais. Existe um foco em temas que são muito atuais.
São temas que depois são desenvolvidos em conferências com pessoas de conhecimento em vários setores da sociedade e que permitem perspetivar esse futuro que não sabemos qual será. Espero não estar a ser muito negativo em relação ao futuro, mas acho que a geração futura vai enfrentar complicações.
Às vezes somos criticados por sermos um festival que não mudou de estrutura (...) Quando se tem uma estrutura que é boa, o máximo que se pode fazer é fazer maisAlém das antestreias, a edição deste ano vai evocar alguns dos grandes clássicos do cinema, filmes que são intemporais e que estavam à frente do seu tempo.
Enquadram de alguma forma o tema do festival, excetuando o ‘Alien’ que é mais futurista. Esta secção já tem 10 anos e recupera filmes ou realizadores que têm algo a celebrar. Este ano decidimos arrancar logo no dia 19 com a exibição do ‘Easy Rider’, um dos tais filmes marcantes precisamente para estes desafios da modernidade e que de alguma forma, do meu ponto de vista, é a resposta de há 50 anos para a eleição recente de Trump. É um filme onde o Peter Fonda e o Dennis Hopper fazem uma viagem pela América profunda e se vê o tipo de relação e o lado conservador e fascista de parte da população norte-americana e que se mantém até hoje.
Para a minha geração, é um pouco estranho defini-lo como um clássico. Eu vi quando era muito jovem e foi um filme que me marcou de forma significativa, enquadrando até aquilo que já eram as perspetivas políticas na minha altura. Foi um filme que juntamente com o ‘A Primeira Noite’ do Mike Nichols demonstrou aos estúdios norte-americanos que pequenas produções conseguiam ser grandes êxitos de bilheteira nos Estados Unidos. São filmes que também demonstraram a importância do realizador, porque quando pensamos em filmes como ‘Cleópatra’ ou o ‘Ben-Hur’ quase nos esquecemos dos realizadores.
Beatriz Pacheco Pereira e Mário Dorminsky do Fantasporto e Tiago Guedes, diretor do Teatro Rivoli© Global Imagens
Têm conseguido que cada vez mais universidades e escolas portuguesas participem no festival. Quão importante é esta oportunidade num palco como o Fantasporto para jovens que estão agora a começar a trilhar o seu caminho na área do cinema?
Na primeira edição do Fantasporto, nesse ano longínquo de 1981, fizemos logo uma retrospetiva de cinema fantástico português, que nem sabíamos que existia. Fizemos um levantamento de um conjunto de longas-metragens que nos provou que o fantástico também é um género que foi sempre trabalhado no cinema português. Nos últimos anos, com o aparecimento de cursos de cinema em muitas universidades, decidimos agarrar um outro público que ainda não estava próximo do Fantasporto.
Ao mesmo tempo quisemos proporcionar às escolas uma oportunidade de mostrar os filmes que os alunos produziam durante o curso. Criámos uma competição entre universidades e escolas e esta é a única área em que não escolhemos os filmes. Quem faz esse seleção são as escolas, que depois competem entre si. Há um júri constituído por pessoas ligadas aos meios profissionais de cinema em Portugal que atribui depois o prémio de melhor filme, o prémio especial de cinema português e depois o prémio de melhor escola a nível de cinema.
Os realizadores estão presentes e falam entre si e depois também há encontros que são importantes com pessoas ligadas ao audiovisual sobretudo nas áreas da escrita de guiões, de produção, e isso permite uma aproximação dos mais jovens à realidade do audiovisual em Portugal e consideramos isso francamente importante.
A partir do tempo de Fernando Gomes… a coisa foi um bocado complicada. O Porto foi desaparecendo do mapaO festival mantém a aposta nas retrospetivas.
Às vezes somos criticados por sermos um festival que não mudou de estrutura. Nessa estrutura temos precisamente as retrospetivas, que servem para mostrar filmes que as pessoas não viram e que por vezes estão em estreia internacional. Em relação à estrutura do festival eu pergunto: Cannes mudou de estrutura? San Sebastián? Veneza? Berlim mudou alguma vez de estrutura? Quando se tem uma estrutura que é boa, o máximo que se pode fazer é fazer mais. Para nós, as retrospetivas são interessantes porque têm um lado de descoberta.
Este ano fizemos uma escolha de um programa do instituto de cinema de Taiwan que se chama ‘The Changing Face of Feminity in 60’s Taiwan’. É um filme sobre a mudança do comportamento da mulher nos anos 60 em Taiwan. Depois temos ainda uma seleção de luxo de filmes húngaros muito recentes, dois dos quais estão em competição no festival e de que são de realizadores já conhecidos do Fantasporto, o Karóly Meszáros e o Gyorgy Palfi.
Quando criou o Fantasporto esperava que atingisse o patamar que tem atualmente, com o renome que o festival tem além-fronteiras e com muitos filmes a estrearem-se internacionalmente aqui?
Não esperava. Na altura já tínhamos feito uns 20 ciclos de cinema dedicados a realizadores e a temas específicos. O Fantasporto surge num café junto ao cineteatro Carlos Alberto e nós que já íamos a muitos festivais de cinema lá fora, decidimos arriscar e fazer como o Sitges, que é um festival de cinema da Catalunha e que é o maior festival de cinema fantástico do mundo. Convidámos para essa primeira mostra de cinema fantástico a comunicação social e passado um dia ou dois o Correio da Manhã escreveu na primeira página com aquelas letras bastante grandes e condensadas ‘O sangue corre nas ruas do Porto’. Isso foi fundamental. O festival estava lançado. O festival foi crescendo e as empresas sentiram que havia no Fantasporto um potencial grande para a divulgação das suas marcas. Sentimos que já tínhamos as costas quentes e a partir foi só uma questão de não termos medo de continuarmos a crescer.
O Fantasporto começou como um festival de cinema fantástico. Mas chegou ao décimo ano e já não havia cinema fantástico de qualidade, isto é havia repetições, continuações, o ‘Pesadelo em Elm Street IV’, também houve o quinto, o ‘Halloween’ era a mesma coisa, e nós começámos a sentir que o fantástico não era algo que se estivesse a aguentar em termos de filme de qualidade. Sentimos naquela altura que tínhamos de fazer algo ao festival, muito embora continuasse a ser um êxito brutal. O Fantasporto era um ícone nacional e praticamente o único festival de cinema que existia. Optámos por criar uma secção que foi a Semana dos Realizadores, que foi uma espécie de uma cópia de Cannes que tinha a Quinzena dos Realizadores. A perspetiva foi também a de descobrir novos realizadores, que fizeram grandes filmes e que hoje em dia ainda são os cineastas que conseguimos ver nas salas. Mantivemos assim a secção de cinema fantástico e criámos esta secção e era como se fossem dois festivais paralelos.
Também tivemos sorte com alguns filmes. O ‘Braindead’ foi o primeiro filme do Peter Jackson que exibimos e ganhou o grande prémio em 1993. No ano seguinte foi o Guillermo del Toro que ganhou o grande prémio com o ‘Cronos’. São momentos marcantes. Em 95 descobri o Danny Boyle com o ‘Shallow Grave’ (que ganhou o grande prémio desse ano). Um depois ganha o David Fincher com o ‘Seven’. Os irmãos Waschowsky ganharam com o ‘Bound’. O que quer dizer que nós temos algum olho para a seleção dos filmes [risos]. É algo que tem a ver com a nossa maneira de ver cinema, que eu acho que é uma ténue linha que separa o comercial do não-comercial. E nós tentamos manter-nos nessa linha sem perder de vista o cinema experimental.
Já são 39 anos de relacionamento com o mundo da indústria cinematográfica. As coisas não caem do céu, são trabalhadas. Têm a ver com relações pessoais e que levam a que o Fantasporto esteja a receber filmes de 60 a 70 países. Não acho que as pessoas tenham notado isso nos últimos 10 ou 15 anos. Até essa altura os jornais tinham um peso muito forte – e continuam a ter – mas foram para Lisboa, exceto o Jornal de Notícias. Os jornais são muito importantes, as pessoas gostam de papel. Eu também sou jornalista. Se os jornais como o JN mantiveram uma certa promoção da vida cultural, os outros não. Nem considero que o Público o faça porque faz algo que é tão sofisticado, digamos assim, que não chega às pessoas e isso é complicado. Houve uma altura em que trabalhava no Comércio do Porto e tinha 14 pessoas na equipa de Cultura. Jornalistas, não eram colaboradores! Mas também ao mesmo tempo tinha 18/19 páginas por dia de jornal. E isso acontece uma vez na vida, que foi ali [risos].
Nessa altura as pessoas tinham informação que vinha dos jornais, agora é tudo através de redes sociais. Também porque aquilo que muitas vezes era Cultura nos jornais passo a ser algo que vou simpaticamente chamar de Sociedade. Isso não chega para chamar-lhe Cultura e divulgar o que acontece e às vezes as coisas acontecem e só se sabem dias depois.
Mesmo com as campanhas fortes que fazemos para o Fantasporto há muita dificuldade de penetrar no mercado a nível nacional nos últimos anos. E isto tem muito a ver com o que aconteceu ao Porto, que perdeu os jornais e as empresas para Lisboa. Perder o poder que uma Câmara pode ter a nível nacional. A partir do tempo de Fernando Gomes… a coisa foi um bocado complicada. Fomos desaparecendo do mapa e fazer um festival implica ter patrocínios privados e nós sempre conseguimos trabalhar mais com privados do que com o Estado, pois eles dão-nos uma liberdade maior. Mas perdemos apoios e patrocínios e só nos aguentámos devido à redução das despesas.
Para fazer o festival que fazemos não vivemos bem, mas ainda assim fazemos um grande festival. E gostamos. É como se fosse o nosso filho e decidimos que o Fantasporto é no Porto e não é em mais lado nenhumEm termos práticos, qual o impacto da quebra de apoios financeiros?
Essa quebra levou a que tivéssemos de reduzir a nossa equipa de uma forma bastante ampla. Era obrigatório porque não podíamos pagar o vencimentos a essas pessoas e ficando sem essas pessoas tínhamos menos funcionários para poder desenvolver outro tipo de atividades. Não fazíamos extensões noutras partes do país, que era uma forma de fazer dinheiro e deixou de existir. Nós tivemos momentos fantásticos. Eu pergunto que festival de cinema no mundo teve um carro com o seu nome? O Fantasporto teve e não foi só o carro, foi também o apoio que veio com o carro. Áreas como as de relógios, perfumes, perderam-se praticamente. Ficaram viradas para Lisboa.
O Fantasporto é o único festival em Portugal do qual as pessoas se recordam dos filmes e dos realizadores dos filmes que por aqui passaram. Vejo os outros festivais e pergunto-me ‘Que filme ganhou? Que filme é? Que filmes vão?’ Não sei. É como se existissem dois mundos de produção diferentes. Peço desculpa aos meus colegas que fazem eventos.
Para fazer o festival que fazemos não vivemos bem, mas ainda assim fazemos um grande festival. E gostamos. É como se fosse o nosso filho e decidimos que o Fantasporto é no Porto e não é em mais lado nenhum. Porque se optássemos por fazer um esquema de grande extensão em Lisboa ou noutra zona próxima de Lisboa nós íamos pôr as empresas a olharem para nós e ao mesmo tempo também teríamos da parte da comunicação social um tratamento diferente.
Nunca se viu tanto cinema. Vê-se é através de outros meios. As pessoas não têm de sair de casaO Fantasporto também está a sofrer com a quebra no número de espectadores, um mal comum nas salas de cinema em Portugal. A que é que atribui a descida no número de espectadores nos cinemas? Um menor interesse das pessoas pelo cinema? a proliferação de outros meios que permitem às pessoas ver os filmes em casa?
Não acho que seja menor interesse. Nunca se viu tanto cinema. Vê-se é através de outros meios. As pessoas não têm de sair de casa. Têm 400 [filmes] na televisão por semana, têm plataformas como a Netflix, fazem uma coisa que não deviam fazer e vêem os filmes antes da sua estreia no computador. Vê-se muito mais audiovisual mas não na sala escura.
Peter Jackson, Guillermo del Toro e Danny Boyle foram alguns dos nomes que passaram pelo Fantasporto© Global Imagens
Torna-se mais cómodo ver em casa.
É uma das coisas que faz com que as pessoas fiquem em casa. Isso e os videojogos. Além disso, sai caro ir ao cinema. As pessoas têm de estacionar o carro em qualquer lado, possivelmente almoçam ou jantam antes de irem ao cinema e o bilhete, independentemente dos descontos, é caro atualmente. Eu oiço dizer que está tudo bem mas as pessoas queixam-se que não têm dinheiro.
Mas no meio disto tudo há um negócio fantástico que são os festivais de música. Há uma atração grande dos portugueses pelos festivais de música. É por isso e pelo futebol. Agora porque é que isso acontece? Bebe-se muita cerveja e isso interessa muito às empresas de cerveja e depois há… não digo [risos]. Em relação aos promotores que existem em Portugal eu não falo sobre eles. Tive uma experiência há algum tempo com um dos promotores nacionais e sei como as coisas funcionam. É muito complicado.
Como analisa o panorama do cinema em Portugal?
Há muitas pessoas que estão a sair dos cursos de cinema com muita qualidade e isso nota-se nos filmes que recebemos para fazer a seleção. Mas as pessoas não vão às salas de cinema. Só se for, por exemplo, para ver um filme como o ‘Bohemian Rhapsody’ porque o som é melhor na sala de cinema ou então para ver a sequela do ‘Blade Runner’. Por isso é que os festivais de cinema precisam de ter um chamamento muito forte. As salas precisam de oferecer condições às pessoas para verem os filmes e os produtores têm de fazer cinema que agrade às pessoas. Eu pessoalmente acho que há um público especial que vai ao cinema e que quer ver filmes diferente dos que estão em todas as salas ao mesmo tempo. Há 140 salas em Portugal, mas as que são multiplexes exibem os mesmos filmes.
Admito que possa voltar a existir uma geração cinéfila mas neste momento não existe. Aqui os programas de cinema na televisão dão às duas da manhã. Antigamente passavam muitos trailers de filmes na televisão e isso acabou. Em relação ao cinema em Portugal temos de esperar para ver.
O cinema independente é um nicho aqui em Portugal?
Se não fosse entendido como nicho, funcionaria. Há um problema. As pessoas estão habituadas a ouvir falar inglês.
Qual o filme ou antestreia que mais o marcou dos que passaram pelo Fantasporto?
‘Blade Runner’. Foi logo no segundo ano.
Não foi difícil escolher.
Não foi difícil nem é difícil. Foi o filme que mudou o cinema. Trouxe a tecnologia, criou o videoclip com o cruzamento da imagem e som do Vangelis. É de facto uma obra notável que quando foi exibida pela primeira vez no Fantasporto em 1982 teve uma reação muito má da parte das pessoas, dos críticos. Lembro-me que 10 anos depois quando exibimos em antestreia europeia o Director’s Cut do ‘Blade Runner’, já era considerado, pelas mesmas pessoas curiosamente, uma obra-prima do cinema. Para mim, é claramente o filme do festival. Há outros filmes que são as curiosidades do festival como o ‘Braindead’.
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