"Quem ouve as minhas canções está a ler um bocadinho do meu diário"
Bárbara Tinoco, autora e cantora de ‘Sei Lá’ e ‘Antes De Ela Dizer Que Sim’, é a entrevistada de hoje do Vozes ao Minuto.
© Bárbara Tinoco
Cultura Bárbara Tinoco
Ainda nem lançou o seu primeiro álbum, mas é já considerada por muitos um dos nomes fortes da nova geração de artistas portugueses em ascensão. Falamos de Bárbara Tinoco, uma menina de voz doce, bem humorada e de ‘caneta’ aperfeiçoada, de apenas 22 anos, que conquistou, no último ano, não só as rádios portuguesas, como quase 94 mil fãs no Instagram.
Há menos de um mês, a cantora, que é também compositora, tinha lançado duas ou três músicas, se contarmos com ‘Se o Mundo Acabar’, feito durante a primeira fase da pandemia e apenas publicado nas redes sociais. Antes, tinha participado no The Voice, em 2018, e no Festival da Canção, em 2020, onde ficou em segundo lugar, apesar de ser a preferida do público.
No dia 29 de abril, lançou e apresentou o seu primeiro EP no Casino Estoril. ‘Desalinhados’ foi desenhado por si, mas construído por várias e conhecidas vozes da música portuguesa. Sem medo de perder o protagonismo, porque não é assim o seu feitio, a autora de ‘Sei Lá’, partilhou músicas e o palco com Carlão, António Zambujo, Bárbara Bandeira, Carolina Deslandes, Diana Martinez e Tyoz.
O verão promete ser ao som de alguma das músicas deste trabalho, seja na ‘Cidade’, com uma ‘Salada cor de rosa’ ou a ouvir o divertido fado ‘Gisela’.
Lá para o outono chega o tão esperado primeiro álbum da jovem artista. Um trabalho que Bárbara Tinoco revelou, em conversa com o Notícias ao Minuto, será o mais genuíno que alguma vez poderá fazer.
A pandemia veio desacelerar uma coisa que estava a correr enquanto eu ainda estava a andar. Agora estamos todos a correr ao mesmo tempo
O sucesso começou a bater-lhe à porta pouco tempo antes de a pandemia da Covid-19 colocar o mundo de pernas para o ar. Tinha concertos marcados, fazia parte dos cartazes de alguns dos maiores festivais do país e os fãs cresciam em catadupa. Revoltou-se com esta ‘pausa’ ou lidou tranquilamente com isso?
Reagi tranquilamente. Todos os setores foram afetados e o da Cultura foi um dos que mais sofreu com isso, mas tive muita sorte porque não sou médica, não sou enfermeira, não trabalho num supermercado, por isso pude ficar em casa à espera que tudo passasse. Também lidei de forma muito tranquila porque no início da minha carreira foi tudo demasiado rápido para mim e não estava muito pronta. A pandemia veio desacelerar uma coisa que estava a correr enquanto eu ainda estava a andar. Agora estamos todos a correr ao mesmo tempo.
Então, para si, até foi positivo, não sentiu, como outros artistas que a sua vida e futuro estavam em ‘stand by’…
A Cultura foi abandonada. É sempre assim, somos sempre os que não têm orçamento e em tempos de crise não existimos. Somos sempre essas pessoas, ou seja, fomos todos afetados. Houve fome, é preciso dizer isso. Muitos técnicos, muitas pessoas que vivem de salário em salário, ficaram, de repente sem concertos, sem espetáculos. Eu tive muita sorte porque, apesar de tudo, ainda consegui dar muitos concertos o ano passado. Houve outras bandas que não. E precisamos de ter noção disso e de ter noção que a Cultura é um pilar da sociedade, é tão importante como os restantes setores. Não nos podemos esquecer disso!
Não é uma coisa que vendeu ou que ‘bateu’, não vai ser single de platina, nem de nada, mas tenho muito orgulho de ter feito aquilo, numa altura em que não havia nada para fazer
Tal como estava a dizer, neste último ano, ainda conseguiu dar alguns concertos. Mas mesmo quando estávamos em confinamento, a Bárbara não estava parada. Deu concertos online, compôs várias músicas, construiu um EP… O que fez com que hoje em dia fosse considerada dos nomes fortes da nova geração de artistas portugueses em ascensão, com apenas 22 anos. Fica assustada com toda esta fama?
No início foi complicado. Senti que não conseguia compor e era uma coisa que fazia todos os dias desde que sou pessoa. De repente não conseguia escrever porque toda a gente ia ouvir. O peso de achar que poderia não conseguir escrever canções boas e a insegurança de achar que se calhar só ia escrever apenas uma canção boa na vida… confesso que, no início, foi um bocadinho difícil. Mas é um processo e agora sinto que me encontrei.
Fazer o ‘Desalinhados’, com vários artistas portugueses, foi uma descoberta daquilo que quero fazer e de mim enquanto compositora novamente. Aprendi imenso com todos e esse projeto surge daí, assim como, um bocadinho, da minha vontade de fazer estilos diferentes, porque sou compositora, mas eu nunca quis ser só uma coisa. Sinto que me encontrei.
Quando comecei eu era só uma menina que escrevia canções no seu quarto e agora sou uma menina que tem muitas ideias, ideias muito concretas daquilo que quer fazer, que quer fazer muitas coisas e que quer aproveitar todos os momentos que tiver oportunidade para continuar a fazer música. Esta não é uma carreira que é para sempre e eu tenho noção disso. Quero aproveitar enquanto o público me quiser ouvir, ver os meus espetáculos e gostar das minhas ideias. Quero aproveitar cada segundo para fazer todas as coisas que quero fazer e ser uma velhinha muito feliz [risos].
Antes de continuarmos a conversar sobre o EP ‘Desalinhados’, quero fazer uma última pergunta relacionada com a pandemia. O ano passado, quando entrámos em confinamento, escreveu uma canção que fala de uma preocupação bastante comum, principalmente, perante um vírus tão mortal e ‘Se o Mundo Acabar’? Em que é que se inspirou para escrever esta música?
Basicamente quando se declarou o confinamento obrigatório, uns dias depois, apareceram umas imagens nas notícias que mostravam toda a a gente na praia. Ainda ninguém sabia bem o que é que isto era, estávamos todos um bocadinho a desvalorizar. Somos portugueses, não é?! É contornar as regras enquanto dá [risos]. Nos dias a seguir eram só números, não eram pessoas e comecei a pensar muito nisso. E escrevi esta música. A canção tem muitas referências, por exemplo, aos meus avós que viveram o 25 de Abril e viveram o antes do 25 de Abril. O Estado antes do 25 de Abril é um estado tão sem graça, um bocadinho mais sem graça do que foi a pandemia, apesar de este Estado também ter sido completamente sem graça. E foi essa a relação que tentei fazer. A canção tem em si muitas referências a tudo aquilo que estava a passar na televisão, a todos os pensamentos que fui tendo. É completamente sobre isto.
Além disso, nunca quis gravar outra versão ‘boa’, apesar de o som não estar incrível, porque aquela música foi a minha forma de expressar aquilo que estava a sentir naquele momento e não é nada mais do que isso. Não é uma coisa que vendeu ou que ‘bateu’, não vai ser single de platina, nem de nada, mas tenho muito orgulho de ter feito aquilo, numa altura em que não havia nada para fazer. Senti que essa é a minha forma de comunicar e fiquei muito orgulhosa por ter lançado essa música.
Já sobre ‘Desalinhados’. Convidou seis das melhores vozes nacionais para participarem na sua primeira compilação de originais, ‘Desalinhados’. Como é que isto aconteceu e como é que os escolheu?
Foi um processo muito orgânico. Não me sentei e pensei ‘ah! quero fazer uma música com esta pessoa’, não foi assim. São pessoas que fui conhecendo, por amigos em comum, por espetáculos e, muito organicamente, foram pessoas que fui conhecendo e gostando, aprendendo e esta colaboração acabou por surgir naturalmente. A umas mostrei as canções e aceitaram, outras convidaram-me para fazer uma sessão e gostaram. No fundo, há muitas mini-histórias em cada canção. Quando dei por mim já tinha este EP e quis lançá-lo agora porque as músicas são assim mais de verão, enquanto o álbum é mais de inverno.
Então temos um EP primavera/verão e um álbum para o outono/inverno, é isso?
Exato! Eu sou como a roupa, os meus discos também têm estações [risos].
E a que se deve o título ‘Desalinhados’?
Eu sou muito má a dar títulos. Não fui eu que dei o título ao EP. Vivo com dois amigos (tenho 22 anos, posso fazer isso, não é? Faz parte [risos]) e um deles viveu este EP comigo, todas as canções, as misturas, tudo. E, basicamente, eu tinha de entregar o título no dia seguinte, estava super atrasada, não tinha título, sentámo-nos a ouvir o EP todo, do início ao fim. Mandei para o meu pai porque ele também é muito bom a dar títulos, mandei para todos os produtores, perguntei-lhes o que é que eles achavam que devia ser. De repente, o Ricardo [amigo] disse ‘Desalinhados’ e de facto encaixou com a narrativa do EP, com o caso de sermos todos de géneros tão diferentes. Eu queria um título poético bonito, não queria um título engraçado e achei que esse era perfeito, mas eu sou péssima a dar títulos, nunca ninguém me deixa dar títulos...
Podemos todos cantar, não há egos, isso não é música, é outra coisa, é negócio
Como é o caso da música ‘Salada Cor de Rosa’?
Sim [risos]! Ninguém queria deixar dar esse. Toda a gente detesta, mas eu adoro.
E, no dia 29 de abril, juntou o grupo de artistas que reuniu no EP no Salão Preto e Prata do Casino Estoril. Entre o hip-hop e o fado, com alguns shots à mistura, este espetáculo foi uma partilha sempre a duas vozes. Não teve medo de partilhar a fama com artistas tão conhecidos como Carlão e António Zambujo? Ou isso ajudou a controlar a ansiedade que normalmente surge no lançamento de um novo trabalho?
Como já disse, são pessoas que gosto. São amigos, pessoas com quem gosto de jantar, de conversar. Nunca senti que existisse competitividade entre músicos, há espaço para todos, somos todos diferentes, temos todos coisas para dizer e ainda bem que existimos todos porque a Cultura fica mais rica com toda esta partilha. Eu tive muita sorte em conseguir que todos alinhassem em fazer isto. Acho que a cena fixe destas pessoas que são gigantes na música é que aceitaram fazer este projeto comigo, que tenho duas músicas. Pronto, acho que também gostam de mim [risos].
É preciso acabar com isso da competitividade de uns contra os outros. Ninguém está contra ninguém. O melhor espetáculo que eu fiz foi esse do Casino Estoril e não foi o melhor tecnicamente, mas foi aquele que me mostrou, efetivamente, aquilo é que é música. Esta canção diz uma coisa a mim, diz uma coisa a ti, diz uma coisa ao público. Podemos todos cantar, não há egos, isso não é música, é outra coisa, é negócio. A música é o que aconteceu ali, naquele palco.
Vou ser sincera, toda a gente vai ouvir-me dizer isto e ninguém vai querer ouvir o álbum, mas acho que vai ser um bocadinho pior do que este projeto que fiz
Durante o concerto, revelou que escreveu ‘Gisela’, inicialmente, para outro artista, cujo nome não quis revelar, e que este rejeitou a música. Contudo, este fado parece ter feito grande sucesso entre a plateia. Acha que foi uma ‘chapada de luva branca’ para essa pessoa que o rejeitou?
Não! Acho que essa pessoa tinha uma certa expetativa de uma canção minha e fiz o oposto do que ela estava à espera. Achei que estava a fazer uma coisa super a cara da pessoa e não estava, foi completamente ao lado. Portanto, percebi perfeitamente que não tivesse aceitado e não fiquei nada triste. Só não me fazia sentido, de repente, lançar a música sozinha e foi aí que o meu manager entrou e sugeriu interpretá-la com o António Zambujo, algo que eu achei que nunca na vida ia acontecer. Contudo, o Pedro mandou uma mensagem no WhatsApp tipo às 3h00 da manhã para o Zambujo e três minutos depois ele aceitou fazer a música comigo. Foi aí que pensei: ‘ok, se calhar esta música tem de facto alguma coisa’.
No fundo, acho que a canção sou muito eu e ainda bem que não foi para outra pessoa porque ia sentir para sempre saudades de que tivesse sido minha, foi melhor assim.
‘Desalinhados’ surge na sequência da preparação do seu primeiro longa-duração que tem data prevista de lançamento para outubro, certo? O que podemos esperar desse novo trabalho?
Vou ser sincera, toda a gente vai ouvir-me dizer isto e ninguém vai querer ouvir o álbum, mas acho que vai ser um bocadinho pior do que este projeto que fiz. Estou muito orgulhosa deste EP, de mim própria, de mim para mim. Nunca estive tão contente com uma coisa que fiz. O álbum novo é algo muito genuíno, que escrevi quando era adolescente, quando vivia em casa dos meus pais, no meu quarto, quando ninguém sabia que escrevia canções quando eu nem pensava num álbum. Não eram canções para serem ouvidas, era só a minha forma de comunicar com o mundo.
Este vai ser aquele álbum que nunca mais vou conseguir fazer, porque é genuíno. Vou escrever outros, com contextos, com ideias, mas tão puro como este nunca foi conseguir fazer. Por isso, é um álbum especial e eu decidi que não o queria estragar com canções que já fiz a saber que iam ser ouvidas. Tem letras corajosas porque não sabia que iam ser ouvidas, dizia tudo sem pensar e essa é a beleza deste trabalho.
É também um álbum que tem muitas sonoridades diferentes porque estive muito tempo à procura da minha sonoridade, que acho que só encontrei com este EP. O álbum que será lançado no outono representa o meu crescimento. Quem ouvir aquele álbum vai perceber que é a Bárbara Tinoco a crescer, são os meus primeiros anos na música, é tudo isso.
A maioria das letras das suas músicas está tão carregada de sentimentos que nos leva a pensar que é autobiográfica. Contudo, ainda só tem 22 anos… Viveu essas histórias intensas de que fala?
O ‘Antes Dela Dizer Que Sim’ é completamente inventado. Tinha 16 anos quando a escrevi, se já tivesse aquela vida, o meu pai coitadinho [risos], mas as minhas outras canções são muito mais eu. Mesmo que não seja tudo verdade ou que não tenha sido eu a viver tudo, sou sempre eu a escrever e é a minha perspetiva sobre uma coisa.
As minhas canções são muito autobiográficas. É verdade. Não tenho vergonha de dizê-lo. Obviamente que quem as lê está a ler um bocadinho do meu diário, é um bocadinho chato para mim [risos]. Sim, tenho 22 anos, mas já sabe como é que são os artistas, não fazem nada pela metade e eu sou muito 8 ou 80. Acho que se as pessoas se identificam é porque a situação é vivida, não sou a única pessoa a ter aqueles sentimentos e é por isso que não tenho vergonha. Há muitas pessoas que experienciam, conhecem ou têm um amigo que passou ou está a passar pelo mesmo.
Costumo dizer que nunca ganho nada, só prémios de participação [risos]
Fazendo agora uma viagem ao passado, como foi participar no The Voice Portugal 2018. Acha que, apesar de não ter passado das provas cegas, o programa lhe abriu portas?
Abriu todas! Aliás, o The Voice escancarou as portas. Eu sempre quis fazer música, sempre fui compositora, na faculdade estudei música e nunca soube ser era boa, por isso, encarava o The Voice como a prova. A partir dali, ia saber se era boa ou não. Concorri ao programa com uma música minha e logo na prova cega descobri que as pessoas gostavam das coisas que eu escrevia, fiquei muito feliz.
Para além disso, conheci o meu manager que é a pessoa que constrói a minha carreira comigo, passo a passo. Não há nada que eu faça, um cenário, uma guitarra que esteja em palco, que ele não saiba. Não há uma música que ele não tenha ouvido e não tenha dado o seu parecer. Ele é a primeira pessoa a ouvir as minhas canções e gosto de as mostrar porque ele é muito entusiasmado. É ele e a minha mãe! Uma competição feroz para ver quem é o meu maior fã [risos]. E fico mesmo contente que ele goste tanto das minhas músicas antigas como das novas, o que nem sempre acontece porque estamos a crescer, queremos fazer algo diferente e nem sempre o público acompanha essa mudança. É um dos meus melhores amigos, tudo o que vocês veem é Bárbara Tinoco e Pedro Barbosa e foi graças ao The Voice que tive oportunidade de o conhecer. Por isso, sou muito agradecida ao The Voice. Além disso, eles convidam-me para imensas coisas, são super fixes comigo, gosto imenso de lá ir, apesar de ficar sempre nervosa quando lá vou.
Mas agora, até interpretam as suas canções.
Mesmo! E eu fico muito contente com isso. É um sonho tornado realidade. É o sonho de qualquer compositor ter uma canção cantada num programa de talentos.
E como foi participar no Festival da Canção em 2020? Também foi sempre um sonho ou aconteceu por acaso?
Sempre quis ir porque é um festival para compositores. Acabei por ir como intérprete com uma canção que adoro, do Tiago Nacarato, a ‘Passe Partout’. Foi uma experiência gira. Costumo dizer que nunca ganho nada, só prémios de participação [risos].
Eu adorei a canção, mas não estava à espera que o público gostasse tanto e fiquei muito contente com isso. Foi a primeira vez que preparei uma atuação e foi muito divertido. Claro que ficámos em segundo lugar, mas lidámos bem com essa situação, o Tiago pior que eu e o meu manager muito pior que nós os dois [risos], mas, à parte disso, foi uma experiência muito divertida e que deu início a uma tour que também foi muito fixe.
Tenho muita sorte em nunca ter experienciado nenhum tipo de assédio como os casos que têm sido revelados
A certa altura, durante uma entrevista, revelou que tinha sofrido com algumas mensagens menos positivas de fãs do programa. Como lida com os ‘haters’?
Eles são muito efusivos! Têm muita paixão para dar! Têm muitos sentimentos e não têm vergonha de os partilhar, o que é bom, mas… Confesso que leio todos os comentários, vejo tudo, de hora a hora vou ver quantos views é que cresceu a música, gosto de ver o que as pessoas dizem e tenho muita sorte porque não tenho muitos ‘haters’. Apesar de não ser justo, às vezes ficas um bocadinho triste, tens 50 mensagens boas e uma má e vais lembrar-te é da má.
Agora, eu sei que não temos de agradar a todos. Ainda bem que há pessoas que não gostam da minha música e que gostam de outra e ainda bem que essa outra música existe. Ainda bem que há pessoas que me detestam, que não conseguem levar com a minha voz e que dizem que estou sempre a dar na rádio. Ainda bem que há pessoas assim. Eu faço música para toda a gente, mas se houver alguém que não gosta eu só tenho de lidar com isso porque também há coisas que eu não gosto. A música é isso, a arte é isso, a Cultura é isso.
Nas últimas semanas, diversas personalidades denunciaram o facto de terem sido vítimas de assédio. A Bárbara já teve de lidar com alguma situação deste tipo?
Felizmente nunca tive nenhum tipo de experiências desse género. Nunca senti isso, muito menos em contexto profissional. Tenho muita sorte em nunca ter experienciado nenhum tipo de assédio como os casos que têm sido revelados. Quero, contudo, dizer que estou solidária com as mulheres que passaram por isso e tiveram coragem de falar.
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