"Há mulheres que no trabalho são macho alfa e em casa autênticas gueixas"
‘Antes que Seja Tarde’ é a mais recente obra de Margarida Rebelo Pinto. Autora é a entrevistada de hoje do Vozes ao Minuto.
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Cultura Margarida R. Pinto
A mais recente incursão literária de Margarida Rebelo Pinto explora as relações proibidas de três mulheres de épocas diferentes. 'Antes que Seja Tarde' chegou às livrarias nacionais no passado dia 15 de novembro.
Uma oportunidade para o Notícias ao Minuto conversar com a escritora sobre a sua obra mais recente e os temas que aborda, alguns dos quais bastante atuais.
Margarida Rebelo Pinto falou sobre a igualdade de género e o percurso que ainda é necessário percorrer em Portugal para que haja equidade entre homens e mulheres. A autora também comentou o escândalo de assédio sexual que está a chocar Hollywood e cujo rastilho diz ser "imparável".
Como surgiu a ideia para este livro que foca temas que parecem ser sempre atuais?
É um tema transversal à história da humanidade e à condição humana. As amantes aparecem na Bíblia que é o livro mais antigo da história da humanidade e por isso sempre houve amantes e sempre houve a figura da outra. Isso é transversal a civilizações, sociedades, épocas e portanto isso é um tema eterno.
A ideia surgiu quando li um livro de uma ensaísta norte-americana que se chama ‘Amantes, Uma História da Outra’ que comprei no Brasil e comecei a interessar-me pelo tema. E queria fazer uma reflexão sobre o que leva as mulheres a viverem esse tipo de situações amorosas, porque antes da emancipação económica da mulher - não quero fazer nenhum juízo moralista sobre o tema – as mulheres sempre dependeram financeiramente dos homens, a menos que nascessem excecionalmente ricas. Normalmente, as mulheres tinham pouca autonomia financeira e o objetivo era casar e constituir família, era essa a sua missão. Portanto, sempre houve as outras, segundas mulheres, escondidas, muitas vezes com acordos tácitos com as mulheres legítimas. Num país muito regulado pelos brandos costumes e com aquele princípio salazarista de que não basta ser é preciso parecer.
O que é faz com que as mulheres hoje em dia aceitem ser a segunda na vida de um homem? Há razões de ordem diversa e eu quis fazer uma reflexão sobre isso e criei aqui uma estória tri-geracional, na qual vivem todas o mesmo problema mas onde falam dele de forma diferente. No fundo, acho que os sentimentos são sempre transversais e os sentimentos ou instintos mais básicos da condição humana que são a paixão, o medo, a raiva, acabam por ter interpretações muito semelhantes independentemente da cultura e da época em que são vivenciados.
O livro acompanha gerações diferentes de mulheres. Que diferenças destaca entre as três personagens?
A Lurdes é uma mulher da sua época, é uma mulher do Estado Novo, que vem de origens familiares muito humildes. Estamos a falar de um larguíssimo período em que Portugal era um país profundamente subdesenvolvido, com carências a nível de educação, de saúde, de alimentação. As pessoas vivem com muito pouco. Havia uma classe alta privilegiada que vivia bem, e que eram muito poucos. O resto do país vivia na pobreza. A Lurdes é uma mulher que, parecendo conformar-se com a sua posição, acaba por ser uma lutadora e consegue alcançar os seus objetivos.
As outras não se conformam mas compactuam. Até é um bocado irónico como é que aquela que teria menos preparação, é no fundo muito mais sobrevivente do que as outras. Também há aqui uma viagem até àquele Portugal que incomoda muitas pessoas e que foi aquele período do salazarismo que representou em muitos aspetos da sociedade portuguesa um grande atraso em relação ao que sucedia noutros países da Europa e nos Estados Unidos. Muitas mulheres não podiam viajar sem autorização do marido, não podiam ter certos trabalhos, numa época em que os costumes e os valores eram profundamente castradores para as mulheres.
Um homem com uma amante não tem o mesmo peso do que uma mulher com um amante porque em Portugal, em muitos aspetos, os comportamentos emocionais são desculpados aos homens e as mulheres são expiadasAté na escola ensinava-se que a mulher teria esse papel.
É aquele modelo da dona de casa dos anos 50, aquela célebre frase que gosto muito ‘cama, mesa e roupa lavada’. As mulheres sujeitavam-se aos desejos, às fantasias do seu amante. Também estamos a falar de uma época – e eu falei com muitas mulheres dessa altura – em que o sexo era muitas vezes visto como o inimigo. Muitas mulheres preferiam que os maridos tivessem uma amante para que eles não as molestassem nesse sentido. Não nos podemos esquecer de que muitas delas tinham de manter-se castas e puras até à noite de núpcias e depois de um dia para o outro tinham que deixar os maridos fazerem tudo. O choque emocional e físico devia ser absolutamente brutal porque de repente era como se mudasse de pele devido a um papel assinado e a uma convenção que é o casamento.
Mas também havia outro tipo de mulheres mais libertas e elas foram evoluindo com o tempo. E esta Maria de Lurdes, que estava destinada a ser a eterna amante, acaba por conseguir o seu lugar ao sol. Já a Maria do Amparo e a Luisinha que estavam destinadas a ter relações estáveis, seguras e felizes, acabam por ter relações deficitárias porque a vida é sempre outra coisa. Como eu gosto de mostrar nos meus livros a vida como ela é, também gosto de mostrar estes twists que a vida tem. Uma existência nunca é linear e de um momento para o outro as coisas podem mudar.
O livro aborda os relacionamentos proibidos de três gerações diferentes de mulheres © Clube do Autor
No livro também há uma relação de dependência destas mulheres relativamente aos homens. É o medo da solidão, um estigma social?
Há um clima de aceitação tácita. Um homem que tenha uma amante não é visto aos olhos da sociedade em geral como uma má pessoa. Um homem com uma amante não tem o mesmo peso do que uma mulher com um amante porque em Portugal, em muitos aspetos, os comportamentos emocionais são desculpados aos homens e as mulheres são expiadas. Mas isso acontece no mundo inteiro. O mundo atual está muito perigoso para as mulheres. Os últimos 50 anos têm revelado que as mulheres podem falar e devem falar, e o facto de denunciarem determinadas situações pode mesmo mudar a realidade. Veja-se o que está a acontecer nos Estados Unidos com esta demissão em barda. Todos os dias cai o melhor apresentador, o grande produtor de Hollywood, sempre devido a esta questão do assédio.
As relações amorosas são sempre muito complexas, ou seja, aquilo que nos leva a tolerar determinadas situações na vida pode ter origens diversas, pode ter a ver com um período da vida, pode ter a ver com traumas de infância ou simplesmente uma pessoa apaixona-se e perde a cabeça. Por exemplo, a Maria do Amparo diz: ‘Uma pessoa habitua-se a tudo na vida e quando dá por isso já é outra pessoa’. E há aqui outra questão. Nós vivemos numa sociedade de consumo rápido e de prazer imediato. Também há muitas expectativas românticas nas relações e as pessoas querem que os parceiros sejam tudo e mais alguma coisa. E depois, por vezes, entram em situações deficitárias mas acabam por cair nalgum conformismo.
Os homens fazem a guerra fora de casa e o território das mulheres é a casa e fazem a guerra em casa.
As pessoas não amam como querem, amam como sabemEsse conformismo não deveria estar mais dissipado? Temos neste livro personagens de épocas diferentes e aquela que mais luta para não se conformar é a que vive numa geração mais machista.
Se calhar é mais fácil quando as pessoas são mais novas. Até aos 30 anos uma pessoa vive um bocado naquele espírito da abundância. Tem uma relação séria e quase perfeita mas acha que pode conseguir uma relação ainda mais perfeita e, como diz o escritor Michael Cunningham, ‘a partir dos 40 anos o mundo começa a encolher à nossa volta’. É a partir dos 50 porque estamos a crescer cada vez mais tarde a nível emocional. Há uma grande diferença entre aquilo que nós queremos e aquilo que nós temos e há muitos anos que eu digo que as pessoas não amam como querem, amam como sabem.
Existem muitas mulheres que fora de casa têm uma carreira espetacular e são vistas pelos seus colegas de trabalho, nomeadamente os homens, como se fossem o macho alfa e que depois na sua vida familiar e emocional são autênticas gueixasPorque é que os livros e os filmes ainda não se focam tanto na ideia do homem como o amante, como o outro?
Há mais essa situação nos filmes do que na literatura. Não acho que a voz da outra na literatura esteja assim tão desenvolvida. Já o triângulo amoroso em que um homem tem várias mulheres é abordado por muitíssimos escritores.
A literatura é um reflexo da realidade e é um reflexo de uma civilização e enquanto houver escritores que abordam a realidade que vivenciam e a trazer algumas pistas às pessoas sobre a sua condição, o mundo não está perdido. O mundo vai estar perdido quando não se lerem livros.
Muitas vezes as pessoas só são modernas para o que lhes interessa e conservadoras para o que lhes convém
A sociedade portuguesa ainda é demasiado conservadora na abordagem a certos temas como o adultério, por exemplo?
O que acontece na sociedade portuguesa é que muitas vezes as pessoas só são modernas para o que lhes interessa e conservadoras para o que lhes convém. O que aprendi enquanto escrevia este livro - que foi dos que mais gostei de escrever, talvez por ter sido dos mais difíceis porque quanto mais difícil, mais eu gosto – foi perceber junto dos homens que há uma preocupação com a aparência maior do que com as mulheres. As mulheres estavam menos preocupadas com o que as pessoas e a sociedade iam pensar do adultério.
Sei que gosta muito do Brasil e passa lá algum tempo. É uma sociedade menos conservadora do que a portuguesa?
A sociedade brasileira não é tão liberal como as pessoas pensam. É muitíssimo conservadora e o homem brasileiro é muito machista. O que eles aparentam é uma descontração e uma ausência de culpa por não ser uma educação com marcas judaico-cristãs tão acentuadas. É ainda pior do que Portugal. Há 30 anos que observo a sociedade portuguesa e há muitas evoluções a muitos níveis comportamentais e na sociedade brasileira não vejo nenhuma mudança.
O Tinder é um local de encontrões. Se as pessoas quiserem andar aos encontrões é melhor irem a uma feira e andarem nos carrinhos de choqueO que mudou nas relações atuais comparando com as relações de há 20, 25 anos?
Há 20 eram muito menos líquidas porque eram muito mais estáveis. A minha geração, que é a geração X, queria ser muito diferente da geração dos nossos pais e depois acabámos por ter linhas de conduta muito parecidas: estabilidade, afirmação através da realização profissional e de uma construção de património, construção de uma família. A geração X que se acha muito diferente da geração dos baby boomers, não é assim tão diferente. Já os millennials são. Não se preocupam com a estabilidade, não se preocupam com o futuro, querem é aventura.
Já escrevi vários livros sobre o que é que mudou ou não mudou em Portugal e acho que as mudanças são mais aparentes do que estruturais. Ou seja, as mulheres querem dar uma imagem de grande independência mas emocionalmente são muito dependentes. Os homens têm uma relação ambivalente com as mulheres de poder e de sucesso porque gostam e têm orgulho mas de alguma forma também se sentem ameaçados. Mas também não toleram que as mulheres não façam nada.
De que forma é que as novas tecnologias e as redes sociais vieram complicar as relações?
Propositadamente quase nunca falei das redes sociais neste livro. Achei que me ia roubar páginas. Mas o papel das mensagens escritas é fulcral neste romance. Há uma relação de grande paixão entre duas personagens e grande parte dessa paixão é ilustrada e relatada através das mensagens.
O que é que se pode perder se as novas tecnologias tiverem um papel demasiado preponderante nas relações?
São relações demasiado líquidas. Começam e acabam por mensagem. As pessoas atiram para o virtual o que não conseguem realizar no mundo real e depois deixam de saber comunicar, de saber falar, de saber estar frente a frente. Ou então andam aos encontrões. Quando há 20 anos ou mais escrevi ‘antes as pessoas encontravam-se, agora andam aos encontrões’, eu nem sabia o que estava a dizer porque agora é que as pessoas andam mesmo aos encontrões.
Com aplicações como o Tinder e a Happn... acho que aquilo não são encontros, acho que são encontrões. O Tinder é um local de encontrões. Se as pessoas quiserem andar aos encontrões é melhor irem a uma feira e andarem nos carrinhos de choque. Não acredito que seja bom andar aos encontrões emocionais.
Quem decide quem é promovido numa empresa são os homens. Na Europa apenas um terço dos cargos de chefia é ocupado por mulheres e é por isso que a questão das quotas é tão pertinenteSei que tem uma boa relação com os seus fãs, inclusive partilhou com eles o primeiro capítulo do ‘Antes que Seja Tarde’. Tornou-se importante estabelecer uma relação com os fãs através das redes sociais? Em termos de comunicação e até de promoção do trabalho.
Tenho uma relação espetacular com os meus fãs. É muito importante porque as coisas mudaram. Criou-se uma relação de proximidade que antes era impossível. As redes sociais têm coisas ótimas, nomeadamente para quem tem um trabalho com exposição pública, para perceber o que é que as pessoas gostam, o que é que lhes toca. É muito importante para um escritor perceber como é que os seus livros são acolhidos. Gosto de pensar que os meus livros são recebidos com abraços, porque sou uma escritora muito afetiva, falo de amor. Relaciono-me afetivamente com o mundo através dos livros e tenho relações afetivas de longa duração, sempre as tive. Tenho amigos que eram meus fãs e tornaram-se amigos. A minha melhor amiga, a quem dedico o livro, era minha fã. Se não houvesse essa comunicação, se não houvesse redes sociais eu não teria essa proximidade privilegiada.
Não tenho leitor-tipo. Sou lida por leitores de todas as idades e classes sociais e é importante perceber como é que cada um sente o livro. Mas é engraçado perceber que me dão um feedback de grande unanimidade, porque as pessoas relacionam-se com os temas dos meus livros.
O que falta para termos mais mulheres em destaque nas empresas, na política, por exemplo?
Quem decide quem é promovido numa empresa são os homens. Na Europa apenas um terço dos cargos de chefia é ocupado por mulheres e é por isso que a questão das quotas é tão pertinente.
Portugal não é um país muito amigo de mudanças. Há sempre uma inércia no que toca às mudançasE isso já não deveria ter mudado nesta altura?
As mulheres não entram mais porque os homens não deixam. Já devíamos ter mais. Portugal não é um país muito amigo de mudanças. Há sempre uma inércia no que toca às mudanças e é nisto que os millenials são diferentes. Mas tenho um amigo que viveu muitos anos em Londres e que diz que ‘Portugal é uma ilha que por acaso faz fronteira com outro país’. Nós somos muito umbiguistas e temos tendência a pensar que só acontece cá. Não. Em Espanha também é muito semelhante, em França, em Itália. Os espanhóis e os italianos até são mais machistas e intolerantes. Os portugueses são profundamente afetivos. Basta ver como é que o Presidente ganhou as eleições sem fazer campanha e vive no coração de muitos portugueses. O país dos afetos e o Presidente dos afetos não é uma utopia, é uma realidade e ainda bem que assim é.
Depois de 15 romances publicados, de escrever há 30 anos na imprensa, há 20 na literatura, não acredito que exista uma guerra de sexos. Muitas vezes os homens e as mulheres não conseguem acertar o passo, o que não quer dizer que não o queiram.
O rastilho da denúncia do assédio sexual é uma bola de neve imparávelA igualdade do género é uma questão muito em voga, mas dá-me ideia que em Portugal ainda não foram quebradas algumas barreiras.
A igualdade do género tem de começar dentro da cabeça das mulheres e dentro da cabeça dos homens. Em certos contextos a legislação ajuda a mudar a mentalidade. As leis das quotas é uma legislação que obriga as empresas a mudar de mentalidade. Mas existem muitas mulheres que fora de casa têm uma carreira espetacular e são vistas pelos seus colegas de trabalho, nomeadamente os homens, como se fossem o macho alfa e que depois na sua vida familiar e emocional são autênticas gueixas.
Temos sido confrontados, quase diariamente, com denúncias de assédio sexual, nomeadamente na indústria do entretenimento, mas certamente este é um problema transversal a vários setores da sociedade. Como reage a isto?
O rastilho da denúncia do assédio sexual é uma bola de neve imparável. Espero que pegue e que, quanto mais não seja, por uma questão pedagógica, de prevenção para que as pessoas que praticam esse tipo de ações percebam que não ficam impunes. Mas atenção que há assédio dos dois lados mas os homens ainda não falaram nisso. É condição quase inerente de uma posição de poder, usar esse poder de uma forma melhor ou pior.
Muitas pessoas parecem ter ficado surpreendidas com a dimensão deste escândalo.
Só ficou surpreendido quem não está no mercado de trabalho, porque em todas as áreas há este tipo de situações.
Recentemente tivemos uma grande polémica com o acórdão do juiz do Tribunal da Relação do Porto. A violência doméstica é um dos grandes problemas do país e parece que por uma questão de cultura não temos evoluído?
Tudo o que um homem pode fazer será naturalmente perdoado ou desculpado porque é um homem. Mas tudo o que uma mulher fizer será expiado porque é uma mulher. Acho que as novas gerações e homens abaixo dos 50 anos já têm outra visão das mulheres, mas ainda há muito aquele espírito de que os homens podem fazer coisas que as mulheres não fazem. Os chamados estigmas do género são muito difíceis de limpar.
Mas ficou chocada com a linguagem utilizada naquele acórdão?
Fico sempre chocada com qualquer ato de misoginia e aquilo é a misoginia elevada ao último grau. A linguagem utilizada é inqualificável.
Que mudanças gostava que se concretizassem na sociedade portuguesa nos próximos anos?
Quando a revista Time Out apareceu perguntou-me qual era o meu sonho para Lisboa e eu respondi ‘uma cidade de carros elétricos’. Eu não sabia que isso ia acontecer tão depressa. O que desejo para Portugal são mudanças a nível qualitativo, com as pessoas a fazerem mais trabalho de casa consigo próprias para perceberem como é que podem ser mais felizes. A felicidade é um trabalho de dentro, não vem de fora. Não são os bens materiais que ajudam, é a segurança. Um teto, um trabalho seguro. Isso ajuda muito a que as pessoas tenham paz para sentirem felicidade.
Desejo que as pessoas não se deixem engolir pelo mundo virtual, que saibam distinguir entre o real e o virtual. Que as pessoas tenham mais tempo a nível afetivo e familiar. E que aproveitem esta onda de crescimento e de otimismo para não repetirem erros que foram cometidos no passado. Nomeadamente na construção de estradas onde ninguém anda, de estádios que estão votados ao abandono e esse tipo de delírios. E que chova! Senão qualquer dia a água começa a ser um bem escasso e caro, e isso vai afetar-nos a todos.
Há algum tema sobre o qual gostasse de escrever e que ainda não abordou?
Essa lista nunca mais acaba. Agora não. Tenho sempre muitas notas para projetos futuros, que por vezes misturo. Mas estou cada vez mais interessada na biologia do amor, na química do amor, na física. No lado mais científico de todos os processos amorosos. Estou cada vez mais interessada nisso, não quer dizer que vá escrever sobre isso. É uma coisa que estudo. Tive um clique quando há alguns anos deixei de ir ao YouTube para ouvir músicas românticas e comecei a ir lá para ouvir Ted’s e outro tipo de informação. A tecnologia tem coisas espetaculares e um dos meus melhores amigos é o YouTube.
Não há um tema em específico. Vou andar aqui pelas relações afetivas, nos segredos de família. Posso mudar de época. Provavelmente não mudarei de país no tema dos meus livros porque os portugueses são apaixonados por Portugal e eu sou apaixonada por Portugal, sempre fui desde miúda. Não sei, vamos ver. Como diz a Maria do Amparo no livro: ‘o futuro não tem dono e ainda bem’.
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