Trabalhadores de armazéns Sonae terminam greve parcial
Os trabalhadores dos armazéns da Sonae da Azambuja e da Maia terminaram hoje uma greve parcial de cinco dias em defesa de melhores salários e carreiras, com a perspetiva de continuar a negociação com a associação patronal no dia 14.
© Sonae
Economia CESP
Ricardo Mendes, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e serviços de Portugal (CESP), disse à agência Lusa que a greve "teve uma forte adesão dos trabalhadores, mas ainda não é possível fazer um balanço exato".
Na Logística de Azambuja a paralisação decorreu entre as 9h00 e as 10h00 de segunda e terça-feira, entre a 1h00 e as 2h00 e as 9h00 e as 10h00 de quarta, quinta e sexta-feira.
Na Logística da Maia, a greve foi sempre de duas horas por turno, nos mesmos dias da semana.
Os trabalhadores de Azambuja optaram por se juntar ao piquete de greve junto às instalações, durante a manhã, para manifestar o seu descontentamento.
"Ainda não temos dados para falar em percentagens de adesão à greve, porque há sempre pessoal de folga, mas sabemos que tivemos cerca de 200 trabalhadores no piquete de greve, o que foi muito significativo", disse Ricardo Mendes.
O sindicalista lembrou que as negociações com a associação empresarial do setor se arrastam desde 2016, sem resultados significativos, mas manifestou esperança de que possa haver alguma evolução na negociação do contrato coletivo na reunião que está marcada para dia 14 de março.
O CESP acusou a Sonae de não responder às reivindicações dos trabalhadores, que se queixam dos baixos salários, discriminações salariais e injustiças nas carreiras profissionais, de desrespeito pelos seus direitos e de "ritmos de trabalho desumanos".
Com esta greve, os trabalhadores pretendem o aumento dos salários para todos, a valorização da carreira profissional de operador de armazém, a integração nos quadros da empresa dos trabalhadores com vínculo precário e a manutenção do direito à pausa a meio de um dos períodos de trabalho.
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