PSI20 segue negativo com ações do BCP a perderem mais de 3%
A bolsa de Lisboa seguia em terreno negativo, mantendo a tendência da abertura, e alinhado com as principais congéneres europeias, com as ações do BCP a perderem mais de 3%.
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Economia PSI20
Pelas 9h00 (hora em Lisboa), o principal índice, o PSI20, seguia a recuar 0,98% para 5.190,65 pontos, com 17 ações em baixa e uma em alta.
A Mota Engil e a Altri seguiam a recuar 3,49% e 3,48% para 1,80 euros e 5,54 euros, respetivamente.
As ações do banco liderado por Miguel Maya desciam 3,49% para 0,180 euros, registando a queda mais acentuada entre os pesos pesados do índice, seguidas das da Jerónimo Martins e da EDP, que recuavam 1,15% e 0,99% para 14,56 euros e 3,82 euros, respetivamente.
A Galp era a única empresa a negociar em terreno positivo, com as ações a avançarem 1,73% para 15,60 euros.
Lisboa seguia alinhada com as principais bolsas europeias, que estavam hoje negativas, com os investidores preocupados com o aumento das tensões no Médio Oriente, depois de o Irão ter avisado que não irá cumprir os compromissos do acordo nuclear de 2015 assinado com as potências mundiais.
No sábado, a NATO anunciou que suspenderia as operações de treino no Iraque após a morte do general iraniano Qassem Soleimani durante um ataque norte-americano a Bagdad, no Iraque, na sexta-feira.
A missão da NATO no Iraque, que tem algumas centenas de militares, treina as forças do país desde outubro de 2018, a pedido do Governo iraquiano, para impedir o retorno do Estado Islâmico (EI).
O general Qassem Soleimani, comandante da força de elite iraniana Al-Quds, morreu na sexta-feira num ataque aéreo contra o carro em que seguia, junto ao aeroporto internacional de Bagdade, ordenado pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
No mesmo ataque morreu também o 'número dois' da coligação de grupos paramilitares pró-iranianos no Iraque, Abu Mehdi al-Muhandis, conhecida como Mobilização Popular [Hachd al-Chaabi], além de outras oito pessoas.
O ataque ocorreu três dias depois de um assalto inédito à embaixada norte-americana que durou dois dias e só terminou quando Donald Trump anunciou o envio de mais 750 soldados para o Médio Oriente.
O Irão prometeu vingança e anunciou no domingo que deixará de respeitar os limites impostos pelo tratado nuclear assinado em 2015 com os cinco países com assento no Conselho de Segurança das Nações Unidas --- Rússia, França, Reino Unido, China e EUA --- mais a Alemanha, e que visava restringir a capacidade iraniana de desenvolvimento de armas nucleares. Os Estados Unidos abandonaram o acordo em maio de 2018.
No Iraque, o parlamento aprovou uma resolução em que pede ao Governo para rasgar o acordo com os EUA, estabelecido em 2016, no qual Washington se compromete a ajudar na luta contra o grupo terrorista Estado Islâmico e que justifica a presença de cerca de 5.200 militares norte-americanos no território iraquiano.
O crude Brent, de referência na Europa valorizava-se 1,5% face a sexta-feira e trocava-se a 1,575 dólares, em níveis de abril de 2013.
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