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"Apologia a crimes de guerra". Livre pede repúdio a discurso de Ventura

A líder parlamentar do Livre pediu hoje ao presidente do parlamento que começasse o debate em plenário com uma nota de repúdio à intervenção do líder do Chega no 25 de novembro por "apologia de crimes de guerra".

"Apologia a crimes de guerra". Livre pede repúdio a discurso de Ventura
Notícias ao Minuto

27/11/24 10:53 ‧ Há 2 Horas por Lusa

Política Livre

No arranque do debate em plenário das normas avocadas da discussão da proposta orçamental para 2025, Isabel Mendes Lopes interpelou José Pedro Aguiar-Branco para dizer que "esperava que a sessão começasse com uma chamada de atenção" e uma "nota de repúdio" sobre a intervenção de André Ventura na sessão solene do 25 de Novembro, após uma citação de Jaime Neves, que durante aquela operação militar em 1975 liderava o Regimento de Comandos da Amadora.

 

"Deixem-me citar o final do discurso do deputado André Ventura, 'como dizia Jaime Neves sobre a guerra do ultramar, era mesmo assim. Quando nos mandavam limpar, nós limpávamos tudo' e depois apontou para as bancadas da esquerda e disse 'já começámos, vamos continuar', Nós todos aqui sabemos o significado da palavra limpar na citação de Jaime Neves. Todos sabemos bem o que significa", criticou a deputada do Livre.

Isabel Mendes Lopes defendeu que foi feita uma "apologia de crimes de guerra" e "uma ameaça muito clara à frente do país todo e de três Presidentes da República", e que "não é admissível".

O Presidente da Assembleia da República registou a observação da deputada, mas disse que não "permitiria a reabertura do debate sobre aquilo que é o debate do 25 de Novembro", e alertou a deputada do Livre que a figura regimental da interpelação à mesa deve ser usada sobre as conduções dos trabalhos de hoje, recebendo aplausos da bancada do Chega.

Perante a insistência da deputada do Livre, Aguiar-Branco repetiu que não autorizará a abertura de um novo debate sobre a sessão solene de segunda-feira, referindo que o parlamento não se rege "sem rei nem roque" e pediu "a lealdade de não utilizar as figuras regimentais que não são destinadas a isso para outros efeitos".

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