Descontos e promoções arriscam extinção nos supermercados
A entrada em vigor, a 25 de fevereiro, do novo regime aplicável às práticas individuais restritivas ameaça as já familiares promoções e descontos em cartões e talões praticadas pelas grandes cadeias de distribuição. O receio é manifestado ao Jornal de Negócios pela diretora-geral da Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição (APED), Ana Isabel trigo de Morais.
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Economia Nova lei
Se costuma aproveitar as habituais promoções e descontos em talões e cartões dos super e hipermercados, saiba que um novo regulamento, que vai começar a ser aplicado a partir de 25 de Fevereiro, pode não só comprometer esta tendência como agravar o preço dos bens de grande consumo.
O alerta é feito, esta terça-feira, pela diretora-geral da Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição (APED), Ana Isabel trigo de Morais, que, em declarações ao Jornal de Negócios, sustenta que o novo regime aplicável às práticas individuais restritivas ao proibir os retalhistas “de construir o seu preço e a sua proposta de valor” pode vir a interferir com a capacidade das grandes cadeias de distribuição oferecerem “aos consumidores as promoções como conhecemos este ano (…) e provocar uma subida dos preços médios dos produtos”.
Opinião diferente é manifestada, também ao Jornal de Negócios, pelo diretor da Associação Portuguesa de Empresas de Produtos de Marca, Pedro Pimentel, que considera que “não há nada nesta lei que seja mais penalizador em termos de promoções do que a lei de 1993. O que acontece é que até aqui estávamos a falar de multas que iam no máximo aos 15 mil euros e agora vão até aos dois milhões”.
Neste sentido, conclui Pedro Pimentel, estas novas regras e respetivas coimas introduzem “uma necessidade de rigor da parte dos intervenientes” e, “do ponto de vista da regulação, são favoráveis aos fornecedores e, em última instância, aos consumidores”.
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