Portugal coloca 1.250 milhões a três e a 11 meses a juros mais altos
Portugal colocou hoje 1.250 milhões de euros, igual ao montante máximo anunciado, em Bilhetes do Tesouro (BT) a três e a 11 meses, a juros ligeiramente mais altos face aos anteriores leilões, em 21 de abril, foi anunciado.
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Economia Bilhetes do Tesouro
Segundo a página da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) na agência Bloomberg, a 11 meses foram colocados 750 milhões de euros em BT à taxa de juro média de -0,550%, superior à registada em 21 de abril, quando foram colocados 800 milhões de euros à taxa de juro média de -0,558%.
A três meses foram colocados hoje 500 milhões de euros em BT à taxa média de -0,592%, também superior à registada em 21 de abril, quando foram colocados 450 milhões de euros a -0,599%.
A procura atingiu 1.605 milhões de euros para os BT a 11 meses, 2,14 vezes o montante colocado, e 1.355 milhões de euros para os BT a três meses, 2,71 vezes o montante colocado.
O IGCP tinha anunciado para hoje dois leilões de BT com maturidades em 17 de setembro de 2021 (três meses) e em 20 de maio de 2022 (11 meses), com um montante indicativo global entre 1.000 milhões de euros e 1.250 milhões de euros.
Para Filipe Silva, diretor de Investimentos do Banco Carregosa, "os prémios de risco da dívida de curto prazo não têm sofrido grandes alterações e face ao último leilão comparável de abril, as taxas tiveram uma subida sem grande expressão".
"A mensagem dos bancos centrais continua a ser o grande mote para as taxas não subirem", considera Filipe Silva, recordando que na semana passada, na reunião do Banco Central Europeu (BCE), Chirstine Lagarde, deu ao mercado as indicações que este esperava, designadamente que "o suporte por parte dos Governos da zona euro à economia, só será retirado quando existirem sinais claros de que a recuperação económica está em andamento, fase que só agora começou".
"Portugal continua a beneficiar desta política acomodatícia, que tem permitido emitir dívida de curto prazo com taxas negativas, importantes para a retoma económica do país", afirmou.
[Notícia atualizada às 11h32]
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