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Guarda quer mais estudos sobre prospeção de lítio no território

O presidente da Câmara Municipal da Guarda, Sérgio Costa, defendeu hoje a realização de mais estudos sobre a viabilização da prospeção de lítio no território para aferir se não trará "mais desvantagens que vantagens".

Guarda quer mais estudos sobre prospeção de lítio no território
Notícias ao Minuto

10:17 - 04/02/22 por Lusa

Economia estudos

Segundo um comunicado da autarquia, Sérgio Costa (Movimento Pela Guarda), "garante que terá de ser bem avaliado todo este processo, para aferir se a prospeção e a pesquisa não trará 'mais desvantagens que vantagens ao território' e dá como exemplo a exploração de Urânio, Rádio e Volfrâmio na região, nos anos 60 e 70 do século XX, 'que custou mais de 5 milhões de euros ao Estado Português para obras de remediação ambiental, nos últimos anos'".

De acordo com o autarca da Guarda, citado na nota, "as zonas incluídas para a prospeção chocam ainda, nomeadamente com territórios do Estrela Geopark Mundial da UNESCO que espera ver a chancela da Organização das Nações Unidas reafirmada. Ou, ainda, o Miradouro Hidrográfico das três bacias, em Vale de Estrela, local que marca o ponto de convergência das bacias hidrográficas dos maiores rios que cruzam o território português: Douro, Mondego e Tejo".

"Há ainda outras duas áreas em questão e de manifesto interesse arqueológico como é o caso do Castro do Tintinolho, na Guarda, ou do Cabeço das Fráguas, na Benespera", acrescenta.

Segundo a autarquia da cidade mais alta do país, "as zonas indicadas pelo referido Estudo do Governo, colocam ainda em risco áreas agrícolas e naturais importantes que podem 'vir a comprometer o desenvolvimento turístico e económico do território do concelho da Guarda'".

O município refere que o estudo de avaliação ambiental que o Ministério do Ambiente e Ação Climática divulgou na quarta-feira "dá conta da viabilização da prospeção de lítio em seis regiões de Portugal, sendo cinco dessas zonas no distrito da Guarda e quatro delas no território" do concelho.

"A Câmara da Guarda estava certa quando emitiu um parecer desfavorável ao programa proposto inicialmente para a prospeção e pesquisa, dado que a publicação dos resultados desse mesmo estudo do Governo nos territórios no concelho da Guarda, do qual tivemos conhecimento apenas pela comunicação social, veio confirmar a redução para metade da área de prospeção do nosso concelho face ao que estava previsto", refere o presidente Sérgio Costa.

A Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) em oito áreas com potencial de existência de lítio concluiu pela exclusão de Arga e Segura, e viabilizou a pesquisa e prospeção daquele mineral em seis zonas.

A AAE viabilizou as áreas denominadas "SEIXOSO-VIEIROS", que abrange os concelhos de Fafe, Celorico de Basto, Guimarães, Felgueiras, Amarante e Mondim de Basto, "MASSUEIME", que atinge os municípios de Almeida, Figueira de Castelo Rodrigo, Pinhel, Trancoso e Meda, "GUARDA-MANGUALDE C (Blocos N e S)", que inclui Belmonte, Covilhã, Fundão e Guarda, "GUARDA-MANGUALDE E", que abrange Almeida, Belmonte, Guarda e Sabugal, "GUARDA-MANGUALDE W", que inclui Mangualde, Gouveia, Seia, Penalva do Castelo, Fornos de Algodres e Celorico da Beira, bem como "GUARDA-MANGUALDE NW", área que inclui os municípios de Viseu, Satão, Penalva do Castelo, Mangualde, Seia e Nelas.

Leia Também: Pinhel avança com providência cautelar para travar prospeção de lítio

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