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Agravamento da crise? 40% dos portugueses não têm margem para responder

Estudo da DECO Proteste revela ainda que 73% dos portugueses reconheceu que parte dos seus hábitos de consumo foram afetados.

Agravamento da crise? 40% dos portugueses não têm margem para responder
Notícias ao Minuto

15:05 - 24/05/22 por Notícias ao Minuto

Economia Crise

Quatro em cada dez portugueses (40%) dos portugueses não têm margem financeira para responder a um agravamento da crise, de acordo com um estudo da DECO Proteste, divulgado esta terça-feira. 

"Estamos preocupados com as pressões inflacionistas, aceleradas pela guerra na Ucrânia, que se fazem sentir em áreas tão sensíveis para o dia-a-dia das famílias, da alimentação às atividades sociais e de lazer, passando pelas compras para a casa ou pela saúde. Os portugueses têm adaptado as suas decisões de consumo à medida que temem que o conflito arraste o mundo para um cenário nuclear", refere Ana Guerreiro, das Relações Institucionais da DECO Proteste, citada em comunicado. 

Ao que indica o mesmo estudo, "a guerra na Ucrânia está a ter impacto no país mais a ocidente da Europa continental, acelerando o passo de uma inflação que se tornou evidente quando o mundo começou a desconfinar e a procurar bens de consumo com uma rapidez difícil de acompanhar". 

Contudo, sete em dez são a favor das sanções à Rússia: "Mesmo com as dificuldades demonstradas, que levam 40% a dizerem não ter margem financeira ou poupanças que lhes permitam superar um agravamento da crise, 73% dos questionados concordam com as sanções à Rússia e são da opinião de que a União Europeia deve mantê-las, mesmo que afetem também as economias dos Estados-membros". 

O mesmo estudo revela que 73% dos portugueses reconheceu que parte dos seus hábitos de consumo foram afetados.

"Por exemplo, a alimentação tem sido uma das esferas mais afetadas pela inflação, com mais de metade dos inquiridos a escolherem marcas mais baratas no supermercado, como as das insígnias (53%), e com 40% a cortarem nos alimentos que não entendem como essenciais, como é o caso do álcool, dos doces e dos salgados", é referido no mesmo comunicado. 

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