Preços? INE diz que "prolongam trajetória de desaceleração"
Os preços no consumidor prolongam a trajetória de desaceleração, ao passo que os preços na produção diminuíram mais intensamente em maio, de acordo com os dados divulgados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
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Economia Preços
"A variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) abrandou para 4,0% em maio, taxa inferior em 1,7 pontos percentuais (p.p.) à observada no mês anterior. O índice referente aos produtos alimentares não transformados desacelerou, passando de uma variação homóloga de 14,1% em abril, para 8,9% em maio. Na vertente externa, os preços implícitos das exportações e das importações de bens, em abril, registaram variações de 0,7% e -5,0%, respetivamente (4,4% e -2,3% em março)", pode ler-se no relatório do INE.
O índice de preços na produção industrial apresentou taxas de variação homóloga negativas em abril e maio (-0,9% e -3,5%, respetivamente), o que não acontecia desde fevereiro de 2021, após crescimentos de 8,9% e 0,1 % em fevereiro e março, na sequência do perfil ininterrupto de desaceleração observado desde julho de 2022.
"O agrupamento de Energia foi decisivo para a redução do índice total, com taxas de -17,9% e -20,8% em abril e maio, respetivamente. Excluindo a componente energética, este índice desacelerou para 2,2% (4,7% em abril). O índice relativo aos bens de consumo registou uma variação homóloga de 8,1% (9,9% no mês anterior), desacelerando pelo sexto mês consecutivo, após ter atingido em novembro o valor mais elevado da série (16,2%)", pode ler-se.
Os indicadores de curto prazo relativos à atividade económica na perspetiva da produção, disponíveis para abril, apontam para uma diminuição na indústria e uma desaceleração nos serviços e na construção. Na perspetiva da despesa, o indicador de atividade económica desacelerou em abril, verificando-se um aumento do indicador de investimento e uma desaceleração do indicador de consumo privado. Por sua vez, o indicador de clima económico, que sintetiza as questões relativas aos inquéritos qualitativos às empresas, diminuiu em maio, após ter aumentado entre janeiro e abril.
De acordo com as estimativas provisórias mensais do Inquérito ao Emprego, a taxa de desemprego (16 a 74 anos), ajustada de sazonalidade, foi de 6,8% em abril, 0,2 p.p. abaixo do valor registado em março (7,1% em janeiro e 5,9% em abril de 2022). A taxa de subutilização do trabalho (16 a 74 anos) situou se em 12,1%, valor inferior ao do mês anterior em 0,1 p.p. (12,5% em janeiro e 11,4% em abril de 2022).
A população empregada (16 a 74 anos), também ajustada de sazonalidade, aumentou 0,7% em termos homólogos e diminuiu 0,1% face ao mês anterior (variação homóloga de 0,6% em março).
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