Sindicato pede reunião a Fernando Medina por causa da Silopor
O Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) pediu uma reunião urgente ao ministro das Finanças, Fernando Medina, para resolver problemas laborais na Silopor, empresa de silos portuários, segundo um comunicado hoje divulgado.
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Economia CESP
Assim, "enviaram um pedido de reunião urgente com o ministro das Finanças, Fernando Medina, com o objetivo de discutir soluções possíveis para os trabalhadores com vínculos precários, para os aumentos salariais bloqueados pelo Ministério, e para a revisão das carreiras profissionais", lê-se na mesma nota.
O comunicado disse que "uma semana após a greve dos trabalhadores da Silopor, que paralisou os silos do Beato e da Trafaria e se concentrou à porta do Ministério das Finanças no passado 31 de janeiro, tudo permanece igual".
O CESP recordou que esta empresa pública, que está "em liquidação desde 2001" e, que por isso, se mantém "sob o controlo total do Ministério das Finanças", afirma "continuar sem autorização deste Ministério para rever carreiras e integrar os trabalhadores com vínculos precários nos quadros", uma situação que se prolonga "há vários anos".
O CESP disse que Medina garantiu, no dia da greve, que daria "instruções à administração para encontrar soluções adequadas com os trabalhadores".
No entanto, disse, "o processo permanece estagnado, as soluções não foram procuradas e a totalidade das situações permanece por resolver".
"Os trabalhadores com vínculos precários na Silopor continuam sem integração nos quadros da empresa à vista", os "salários e carreiras profissionais continuam sem as devidas atualizações" e o acordo de empresa "continua por renegociar", rematou.
"Dada a gravidade da situação e as ilegalidades cometidas com os trabalhadores em situação de precariedade nesta empresa, desde há vários anos, e a ausência de respostas para o problema das carreiras de todos os trabalhadores, solicitámos a realização de uma reunião com caráter de urgência com o ministro, para que o sindicato e os trabalhadores possam expor as suas várias questões e discutir as soluções possíveis", indicou.
O CESP concluiu que, "caso não haja desenvolvimentos nos próximos dias, os trabalhadores reunirão em plenário, para decidir coletivamente novas formas de luta".
O ministro das Finanças disse em 31 de janeiro que seria difícil encontrar uma solução para a Silopor antes do fim do mandato, mas daria indicações à administração para encontrar soluções adequadas com os trabalhadores, em greve nesse dia.
"Há de reconhecer que, depois de 20 anos em que a Silopor se encontra na situação de liquidação, encontrar uma solução agora a pouco tempo do fim do mandato é talvez um pouco difícil", apontou Fernando Medina.
Em liquidação desde 2001 por decisão da Comissão Europeia, mas a dar lucro desde 2016, a Silopor pertence ao setor empresarial do Estado e é gerida por uma comissão liquidatária cujo mandato foi prolongado até junho de 2025, a mesma altura em que acaba o contrato de concessão do Porto de Lisboa à empresa.
Os profissionais da empresa reivindicam a integração nos quadros, com contrato sem termo, de todos os trabalhadores das empresas de trabalho temporário, um aumento salarial de 150 euros para todos e a negociação das carreiras profissionais e revisão do acordo de empresa, conforme expresso numa resolução aprovada pelos manifestantes e entregue no Ministério das Finanças.
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