Impresa diz que há incentivos que podem ser dados aos media
O presidente executivo (CEO) da Impresa considera, em declarações à Lusa, que há "medidas que podem ser implementadas" como incentivos aos media, nas vertentes cultural e económica, mas rejeita incentivos diretos que ponham em causa a sua independência.
© Global Imagens
Economia Impresa
Francisco Pedro falava à Lusa à margem do anúncio da realização do festival Tribeca em Lisboa.
Questionado sobre medidas que ajudem o setor dos media, o CEO da dona da SIC recordou que enquanto membro da PMP - Plataforma de Media Privado já apresentaram ao anterior Governo e a este "uma série de medidas que podem ser implementadas para darem uma série de incentivos aos media".
No entanto, em primeiro lugar, "enquanto grupo Impresa, SIC, Opto, Expresso, não somos a favor, naturalmente, de incentivos diretos aos media que obviamente possam pôr em causa a sua independência", acrescentou.
Em segundo, "pretendemos é que os media sejam tratados num dupla vertente: cultural e económica".
Na parte cultural, "não somos nem mais, nem menos que outras áreas, não podemos ser menosprezados porque fazemos telenovelas", até porque este formato emprega e dá um "grande 'boost'" à economia, afirmou.
Isto passa pelo ICA - Instituto do Cinema e do Audiovisual no que respeita haver mais espaço para iniciativas no audiovisual ou pelo Portugal Film Comission, em que não deve ser só o cinema a beneficiar disso.
Por outro lado, "enquanto setor relevante também para a economia portuguesa -- que não é só o calçado, o têxtil, indústrias que têm incentivos que nós não temos" - também "deveríamos ter", disse.
"Estamos a falar de exportação de produtos e de conteúdos audiovisuais", salientou, referindo o impacto disso na economia.
"Não estamos aqui a pedir o peixe, estamos a pedir a rede do peixe", rematou.
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