Lucros do BPI sobem 43% para 121 milhões no 1.º trimestre
Os lucros do BPI cresceram 43% no primeiro trimestre em termos homólogos, para 121 milhões de euros, divulgou hoje o banco.
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Economia Banco
Em conferência de imprensa, em Lisboa, o presidente do banco, João Pedro Oliveira e Costa, atribuiu a esta subida o aumento da margem financeira, que diz respeito à diferença entre os juros cobrados no crédito e os juros pagos nos depósitos e que cresceu 19%, para 245 milhões de euros.
Apenas na operação em Portugal, os lucros do banco cresceram 52%, para 112 milhões de euros, impulsionados pelo crescimento do produto bancário comercial (mais 16%, para 329 milhões de euros).
Noutras geografias, o contributo foi de cerca de nove milhões de euros, todos do moçambicano BCI, enquanto o Banco de Fomento Angola (BFA) não deu qualquer contributo para os resultados líquidos consolidados do BPI.
Em termos de carteira de crédito, esta aumentou 3% nos primeiros três meses do ano, para 30,1 mil milhões de euros
No total, a carteira de crédito subiu cerca de 900 milhões de euros em termos homólogos. O crédito à habitação subiu 2% para 14,6 mil milhões de euros, resultado de 216 mil contratos.
O BPI tinha, até março, 600 créditos à habitação com fixação da prestação ao abrigo da legislação governamental, que no total valiam 89 milhões de euros. Por sua vez, a bonificação de juros abrangia 5.500 créditos, que totalizavam 553 milhões de euros.
No final de fevereiro, a carteira de crédito do BPI representava 14,4% da carteira de crédito total, mantendo-se face ao final do ano, enquanto a quota na contratação de habitação foi de 16,2% no acumulado dos primeiros dois meses do ano.
No período em análise, as comissões líquidas aumentaram 1% em termos homólogos, para 74 milhões de euros.
Os depósitos avançaram 1,3 mil milhões de euros em termos homólogos, cerca de 4%, para 29,7 mil milhões de euros, representando 77% do ativo e a constituírem a principal fonte de financiamento do banco.
Em termos de rácios de capital, o rácio CET1 ('common equity tier 1') recuou em cadeia para 13,7%, o 'tier 1' para 15,1% e o de capital total para 17,4%.
Os custos de estrutura recorrentes mantiveram-se em 125 milhões de euros, com os custos com pessoal a subirem 2%, os gastos gerais administrativos 1%, enquanto as amortizações baixaram 9%.
Nos 12 meses terminados em março, o rácio de custos de estrutura face a receitas ('cost-to-income') atingiu 38%. João Pedro Oliveira e Costa estimou que este indicador avance, a médio prazo, para entre 40% a 45%, antevendo a redução de proveitos e a estabilização dos custos.
Já o rácio de 'non-performing exposures' (NPE, na sigla em inglês) foi de 1,6% e um rácio de 'non-performing loans' de 2,0%.
No final de março, o BPI contava com um saldo acumulado no balanço de 28,4 milhões de euros de imparidades não alocadas.
No final do período em análise, o BPI tinha 4.275 colaboradores, mais 12 do que no final de 2023 e menos 111 em termos homólogos, e 316 unidades comerciais.
[Notícia atualizada às 13h03]
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