Afinal, jovens são mais suscetíveis a burlas do que gerações mais velhas
Há algo que une todas as gerações: A maior parte das burlas começaram nas redes sociais.
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Economia Burla
Ao contrário do que se possa pensar, as gerações mais novas parecem ser mais suscetíveis a burlas do que as mais velhas. Os dados foram revelados esta quinta-feira pela Revolut, empresa de serviços bancários que apurou que a geração Z e os millennials foram afetados em 72% dos casos de fraude comunicadas nos últimos 12 meses.
"Os millennials (28-43 anos) e a geração Z adulta (18-27 anos) juntas foram responsáveis por 72% das denúncias de fraude registadas, mais do dobro do volume entre os seus homólogos mais velhos (a geração X e os boomers juntos totalizaram 28%) no último ano", indicou a entidade, em comunicado.
Na verdade, e de acordo com a Revolut, a geração Z "representou 41% das fraudes comunicadas no último ano civil".
Contudo, o impacto financeiro entre as gerações mais velhas é maior do que nos mais novos. É que a geração X (44-59 anos) "constituiu 12% dos casos, mas sofreu perdas de mais de 1.500 euros, em média". Por seu turno, os boomers (60-78 anos) "constituíram 15% e perderam um pouco mais de 10.000 euros".
"Em comparação, a geração Z e os millennials perderam, em média, 475 euros e 960 euros, respetivamente", disse a empresa.
Mas há algo que une todas as gerações: a maioria das burlas começaram nas redes sociais. Se a geração Z perdeu mais dinheiro em websites, tal como os boomers, os millennials sofreram maiores perdas em chamadas telefónicas, enquanto a geração X foi mais afetada pelas redes sociais.
"Muitos burlões são engenheiros sociais talentosos que sabem exatamente que alavancas puxar e quando. O facto é que a maior parte das pessoas pensa que não é suficientemente importante ou rica para ser alvo de uma burla, ou pensa que vai detetar os sinais quando os encontrar. Mas quando os burlões suscitam emoções, os nossos cérebros racionais podem não funcionar como pensamos. Toda a gente é vulnerável e deve estar muito atenta aos sinais de que as coisas podem não ser o que parecem", considerou a especialista em engenharia social e vigarista profissional Jenny Radcliffe.
Já o chefe de crime financeiro na Revolut, Woody Malouf, recordou que "a fraude não é levada suficientemente a sério até ser demasiado tarde", tendo apontado que "os dados destacam o número de pessoas que foram vítimas, independentemente da idade e do conforto com a tecnologia, pelo que é importante que ninguém seja complacente".
"Antes de efetuar quaisquer transações, por mais seguras que pareçam, pense bem no que está a ser pedido e porquê. Nunca se apresse a enviar dinheiro, a menos que tenha a certeza absoluta. Se tiver dúvidas, pare, pense e desligue o telefone", aconselhou.
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