Burlas online aumentam. Instagram é a rede social mais mencionada
Os dados indicam que a maioria das reclamações está relacionada com compras em lojas online, sendo que os consumidores "se queixam de ter realizado a compra de um produto que não chegam a receber, ficando sem resposta (por parte da marca/vendedor) e sem o reembolso do dinheiro".
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Economia Burla
As burlas online continuam a aumentar em Portugal. No primeiro semestre de 2024, o Portal da Queixa recebeu 3.034 reclamações, o que representa um crescimento de cerca de 11%, quando comparado com o período homólogo, que registou 2.736 queixas. Os esquemas, que causaram um prejuízo de quase meio milhão de euros, abrangem mais de 1.300 marcas e o Instagram é a rede social mais mencionada.
"A comparação entre os dois primeiros trimestres de 2024 revela um crescimento de 31.1% do número de reclamações relacionadas com burlas online. Entre janeiro e março, verificou-se um total de 1.313 queixas sobre o tema e, no segundo trimestre do ano, foram 1.721 as ocorrências publicadas na plataforma", adiantou o Portal da Queixa, num comunicado enviado às redações.
Os dados indicam que a maioria das reclamações está relacionada com compras em lojas online, sendo que os consumidores "se queixam de ter realizado a compra de um produto que não chegam a receber, ficando sem resposta (por parte da marca/vendedor) e sem o reembolso do dinheiro".
Aliás, os burlões socorrem-se de marcas já conhecidas no mercado para levar a cabo os esquemas, tendo sido possível identificar 1.288 entidades associadas a reclamações.
"O reembolso não recebido – perante a não receção do produto – é o principal motivo de queixa denunciado ao longo do primeiro semestre, absorvendo 63.3% das reclamações inseridas em contexto de burla. O segundo motivo mais apontado pelos consumidores está relacionado com a transação não autorizada/desconhecida, recolhendo 20.7% das queixas", complementou.
Por seu turno, 8.8% das denúncias deveram-se a casos de 'phishing', enquanto a publicidade falsa gerou uma 3.6% das ocorrências.
"O maior volume - a recolher 33.4% das reclamações - é observado na categoria Compras, Moda e Joalharia. Segue-se a área da Informática, Tecnologia e Som, a somar 16.1% dos casos. Já 11.6% das queixas denunciam esquemas fraudulentos na categoria Hotéis, Viagens e Turismo e 9.9% dos casos aconteceram em lojas online de Beleza, Estética e Bem-Estar. Na origem de 7.3% das reclamações encontram-se lojas e marcas de Mobiliário, Decoração e Eletrodomésticos", detalhou.
Concluiu-se que o canal mais usado para as burlas é o Instagram (44,2%), seguindo-se o Facebook (20.2%), o WhatsApp (18.3%) dos casos. Por seu turno, as SMS estiveram na origem de 15.8% das alegadas burlas, o TikTok 0.6% e o telefone 0.5%. O valor do prejuízo para os lesados está próximo dos 500 mil euros (498.698.58 euros).
O Portal da Queixa recebeu perto de 25 mil reclamações relacionadas com burlas online em 2023, a maioria das quais associadas a alegados esquemas online, nos quais os consumidores "ficavam sem o produto, sem resposta e sem o dinheiro". O valor estimado dos prejuízos ultrapassou os cinco milhões de euros.
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