Greenvolt deverá terminar 2024 com melhores resultados face a 2023
O presidente executivo (CEO) da Greenvolt afirmou-se hoje confiante que a empresa irá apresentar em 2024 resultados melhores do que em 2023, considerando um "erro grosseiro" projetar para a totalidade deste ano os números do primeiro semestre.
© Lusa
Economia Greenvolt
"Estamos na direção certa. Dizer que os resultados na segunda metade do ano serão melhores não é ser otimista, é ser realista", referiu João Manso Neto durante uma conferência telefónica com analistas, acrescentando que "projetar para a totalidade do ano os resultados do primeiro semestre é um erro grosseiro".
A Greenvolt registou prejuízos de 19 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, face a perdas de 7,8 milhões de euros no período homólogo, adiantou a empresa de energias renováveis num comunicado enviado na segunda-feira ao mercado.
Na nota, publicada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa indicou que "os resultados deste período estão em linha com as expectativas, "uma vez que refletem a fase de investimento do Grupo, com cerca de 800 MW [megawatts] de ativos em construção e o arranque de operações de DG [Geração Distribuída] em seis países".
No mesmo período, o total de rendimentos operacionais atingiu 188 milhões de euros, crescendo 42% face os primeiros seis meses de 2023.
Já o EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) foi de 26,5 milhões de euros, uma redução de 40% em relação a igual período de 2023.
Na conferência de hoje, Manso Neto reiterou que "os resultados do segundo trimestre e do semestre eram esperados" no âmbito da estratégia da companhia, mas disse ter "claramente a perspetiva de um ano mais forte em 2024 do que em 2023".
"A estratégia está perfeitamente de acordo com as exigências e necessidades do mercado", sustentou.
Na nota divulgada ao mercado, a Greenvolt disse que "não se verificaram operações de rotação de ativos no primeiro semestre do ano e alguns efeitos 'one-off' [únicos] imprevistos afetaram negativamente os resultados".
Ainda assim, destacou, "a estratégia de crescimento, assente numa estrutura financeira progressivamente mais sólida, com a KKR [Kohlberg Kravis Roberts] a controlar mais de 80% das ações, mantém-se inalterada".
O grupo destacou a "expectável concretização a curto prazo de transações de rotação de ativos - a primeira das quais foi finalizada em julho", a "aceleração do ritmo de execução no DG" e a "concretização de investimentos de otimização na biomassa, cujos efeitos combinados conduzirão a uma melhoria substancial dos resultados até ao final do ano".
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