Governo defende mais eficiência no mercado das energias renováveis
O secretário de Estado da Energia, Artur Trindade, disse esta quinta-feira que o Governo pretende tornar o mercado das energias renováveis mais eficiente e com isso poupar dinheiro na factura paga pelos contribuintes.
© DR
Economia Seminário
Em Miranda do Corvo, onde presidiu à abertura do seminário ‘O mercado de calor e a biomassa. Vector de desenvolvimento económico’, organizado pelo Centro da Biomassa para a Energia (CBE), o governante salientou que a política do executivo é "partilhar melhor os custos e os benefícios das energias renováveis".
"As metas do Governo passam por cumprir as percentagens de energias renováveis com que nos comprometemos no plano que vai até 2020, fazendo-o da forma mais custo/eficiência possível. Em vez de se de atingir um objectivo gastando 100, pretendemos que se atinja o mesmo objectivo gastando 80 ou 70, uma vez que tecnicamente já é possível, e com isso poupar dinheiro na factura dos consumidores", sublinhou.
Segundo Artur Trindade, as medidas do Governo já evitaram que o custo da electricidade aumentasse "apenas" 2,8%, em vez dos 11% que chegaram a estar previstos.
"São tivéssemos feito correcções, das duas uma: ou o défice tarifário disparava, o que não seria possível porque o sistema financeiro não o absorvia, ou o consumidor teria de suportar um aumento acima de dois dígitos", disse o secretário do Estado da Energia.
O governante afastou, no entanto, qualquer possibilidade de a energia eléctrica sofrer qualquer redução nos próximos anos, garantindo que os aumentos vão situar-se ao nível da inflação, "em vez do aumento da factura de 50% que eram as condições iniciais quando se chegou ao Governo".
"Mas para fazer isso é muito difícil, porque aquilo que estava em jogo era um crescimento de dois dígitos e passá-lo para o nível da inflação é muito difícil. É isso que temos de fazer e acreditamos que a melhor forma é dar maior oportunidade ao mercado de participar também na determinação da quantidade de energias renováveis e do seu custo", frisou.
Sobre a poupança da EDP de 6,3 mil milhões na importação de combustíveis fósseis, entre 2005 e 2012, através da capacidade instalada de energias renováveis, o secretário de Estado da Energia questionou: "quem é que ficou com essa poupança, para onde foi esse dinheiro".
Artur Trindade reiterou que a intenção do Governo é manter os mesmos objectivos físicos de percentagens das renováveis, nalguns casos ir até mais além, mas tentar fazê-lo poupando dinheiro ao consumidor, para que ele fique com uma parte desses 6,3 milhões de euros que foram poupados, dos quais ainda não viram nada.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com