INE confirma crescimento zero no terceiro trimestre
O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou hoje uma taxa de variação nula do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre face ao trimestre anterior e um aumento de 1,4% em termos homólogos.
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Economia 3.º trimestre
O INE divulgou hoje a segunda estimativa das Contas Nacionais referentes ao terceiro trimestre, confirmando os números que tinha avançado na estimativa rápida conhecida a 13 de novembro: a economia portuguesa apresentou uma variação nula no terceiro trimestre face ao trimestre anterior e um crescimento de 1,4% em termos homólogos.
Assim, a economia abrandou no terceiro trimestre face ao segundo, quer em termos homólogos, uma vez que o PIB tinha aumentado 1,6% no segundo trimestre face ao mesmo período de 2014, quer em cadeia, já que a economia tinha aumentado 0,5% no segundo trimestre face ao trimestre anterior.
Em termos homólogos, o INE explica que "o contributo da procura interna para a variação homóloga do PIB diminuiu no terceiro trimestre (passando de 3,5 pontos percentuais no segundo trimestre para 1,9 pontos percentuais), refletindo a desaceleração do investimento e, em menor grau, das despesas de consumo final".
Ora, a taxa de variação homóloga do investimento caiu de 8,5% no segundo trimestre para 1,7% no terceiro, enquanto a taxa de variação homóloga do consumo privado diminuiu de 3,2% para 2,3% e a do consumo público de 0,6% para 0,4%.
Já a procura externa líquida registou um contributo negativo (-0,5 pontos percentuais), "embora de magnitude inferior ao observado no segundo trimestre (-2,0 pontos percentuais)", ainda que se tenham verificado "um ganho de termos de troca superior ao do trimestre anterior, com o deflator das importações a registar uma redução significativa, sobretudo em resultado da diminuição dos preços dos bens energéticos".
Comparativamente com o segundo trimestre, a estagnação do PIB deveu-se sobretudo ao contributo negativo da procura interna, devido principalmente à redução do investimento, enquanto a procura externa líquida contribuiu positivamente, tendo as importações de bens e serviços diminuído de forma mais intensa que as exportações de bens e serviços.
As exportações de bens e serviços desaceleraram no terceiro trimestre, tendo aumentado 3,9% em volume, depois de terem crescido 7,3% no trimestre anterior.
O INE explica este abrandamento com a desaceleração de ambas as componentes: "As exportações de bens aumentaram 5,2% (8,2% no trimestre anterior) e as exportações de serviços apresentaram uma variação homóloga de 0,2% (5% no segundo trimestre)", lê-se no destaque hoje publicado.
Também as importações de bens e serviços desaceleraram no terceiro trimestre deste ano, "aumentando 4,9% em termos homólogos, após um crescimento de 12% no trimestre anterior", um comportamento que se deveu à "acentuada desaceleração da componente de bens, que registou uma variação homóloga de 5,7% (13,4% no segundo trimestre)".
As importações de serviços registaram também uma redução, passando de uma variação homóloga de 3,9% no segundo trimestre para -0,1% no terceiro trimestre.
O INE destaca ainda que o emprego para o conjunto dos ramos de atividade da economia aumentou 0,3% no terceiro trimestre, corrigido de sazonalidade, após o aumento de 1,9% no trimestre anterior. Já o emprego remunerado (igualmente corrigido de sazonalidade) apresentou uma variação homóloga de 1,3% no terceiro trimestre (2,2% no segundo).
[Notícia atualizada às 11:45]
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