Títulos e obrigações do Tesouro renderam 832 milhões a Angola
Angola arrecadou 153,1 mil milhões de kwanzas (832 milhões de euros) no primeiro trimestre de 2016 só com a emissão de bilhetes e obrigações do Tesouro, indicam dados da execução orçamental dos primeiros três meses do ano.
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Economia Trimestre
De acordo com um documento do Ministério das Finanças, essas emissões representaram apenas 11% do total orçamentado para 2016, que ascende a 1,395 biliões de kwanzas (7,58 mil milhões de euros).
Contudo, conforme noticiado na altura pela Lusa, estas emissões arrancaram praticamente já em fevereiro, e com taxas de juro acima dos 15% ao ano e que entretanto já passaram a barreira dos 18%.
Angola vive uma profunda crise financeira, económica e cambial, decorrente da quebra para metade nas receitas com a exportação de petróleo desde finais de 2014, estando a emitir dívida pública e a contrair empréstimos para garantir a execução de projetos públicos e o funcionamento do Estado.
Só em receitas de capital, envolvendo alienações, títulos de dívida de emissão interna e externa, Angola prevê arrecadar em todo o ano de 2016 mais de 2,915 biliões de kwanzas (15,8 mil milhões de euros).
A componente das receitas correntes no primeiro trimestre do ano ascendeu a 521.370 milhões de kwanzas (2,8 mil milhões de euros), o equivalente a 15% do total orçamentado para os 12 meses do ano.
No total, as receitas arrecadas por Angola nos primeiros três meses de 2016 ascenderam a 674.858 milhões de kwanzas (3,6 mil milhões de euros), enquanto as despesas totais chegaram, no mesmo período, a 741.060 milhões de kwanzas (quatro mil milhões de euros).
O Ministério das Finanças de Angola confirmou na sexta-feira à agência Lusa que está em curso uma revisão do Orçamento Geral do Estado (OGE) de 2016.
A medida enquadra-se na reprogramação macroeconómica que o Governo revelou, em comunicado, a 11 de julho, revendo a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) angolano, face a 2015, dos iniciais 3,3% para 1,3%, e estimando que o défice das contas públicas ascenda não a 5,5% mas a 6,0% do PIB.
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