Portugal emite dívida com taxas de juros mais baixas de sempre
Portugal colocou hoje 1.250 milhões de euros, montante máximo indicativo, em Bilhetes de Tesouro (BT) a três e 11 meses a taxas de juros médias, de novo, negativas e inferiores às dos anteriores leilões comparáveis, foi hoje anunciado.
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Economia Bilhetes do Tesouro
Segundo a página do IGCP - Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública na Bloomberg, no prazo de 11 meses foram colocados hoje 1.000 milhões de euros à taxa de juro média de -0,264%, inferior à de -0,135% verificada no leilão precedente desta maturidade em 19 de abril. A procura de BT a 11 meses atingiu 1.785 milhões de euros, 1,79 vezes o montante colocado.
Em relação aos BT a três meses, o IGCP colocou 250 milhões de euros a uma taxa de juro média negativa de -0,337%, também inferior à de -0,266%, verificada no anterior leilão comparável também em 19 de abril. O total de propostas dos investidores para esta maturidade atingiu 1.140 milhões de euros, 4,56 vezes o montante colocado.
O IGCP tinha anunciado que iria hoje ao mercado com dois leilões das linhas de BT com maturidades de três e 11 meses, com maturidades em 22 de setembro de 2017 e 18 de maio de 2018, para colocar um montante global indicativo entre 1.000 milhões e 1.250 milhões de euros.
Os leilões de hoje foram os primeiros após a formalização da saída de Portugal do Procedimento por Défice Excessivo (PDE), confirmada no Conselho dos Ministros das Finanças da União Europeia em 16 de junho.
Em 19 de abril, Portugal colocou 1.250 milhões de euros, montante máximo indicativo, em BT a três e 11 meses a taxas de juros médias, de novo, negativas e inferiores às dos anteriores leilões comparáveis.
No prazo de 11 meses foram colocados 950 milhões de euros à taxa de juro média de -0,135% e no de três meses, o IGCP colocou 300 milhões de euros a uma taxa de juro média negativa de -0,266%.
Segundo o diretor da gestão de ativos do Banco Carregosa, Filipe Silva, "Portugal conseguiu financiar-se às taxas mais baixas do ano, beneficiando da descida do risco".
"Termos a nossa dívida a 10 anos abaixo dos 3,0% (à volta dos 2,9%) é um bom sinal para os investidores", considerou Filipe Silva, concluindo que estes leilões "são ótimas notícias para o financiamento da República."
Para José Lagarto, gestor de ativos da Orey iTrade, "o momento de confiança que o executivo português atravessa e a revisão do 'outlook' por parte da Fitch na passada semana da dívida portuguesa de estável para positiva, terá contribuído para a redução das 'yields' no leilão de hoje".
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