Trabalhadores da Sumol+Compal protesta por aumentos salariais
Trabalhadores do grupo Sumol+Compal manifestaram-se hoje, em frente ao Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, em Lisboa, para reclamar aumentos salariais.
© Reuters
Economia Concentração
Pelas 14h00, a concentração iniciou-se com cerca de meia centena de funcionários que empunhavam cartazes e faixas do Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos (SINTAB) e gritavam palavras de ordem como "Sumol+Compal, a empresa paga muito mal" ou "A luta continua nas empresas e na rua".
"Detetámos centenas de trabalhadores que ganhavam abaixo dos 557 euros, esta situação espoletou uma grande reação dos trabalhadores e nós decidimos marcar esta jornada de luta para, de alguma forma, enfatizar a necessidade da empresa retificar aquilo que é de lei", disse à lusa o dirigente do Sindicato SINTAB, Rui Matias.
O sindicalista referiu ainda que o objetivo é que o grupo não só reponha o salário mínimo nacional, como atribua aumentos significativos aos funcionários.
"Queremos que os trabalhadores ganhem muito mais que o salário mínimo nacional, porque a Sumol+Compal no ano passado teve 25 milhões de euros de lucro", sublinhou.
Pelas 14:30, os representantes sindicais reuniram-se com o Ministério do Trabalho para expor as suas reivindicações e tentar negociar com o grupo, mas dizem que a Sumol+Compal optou por não comparecer.
"Hoje é mais uma etapa e o grupo demonstrou, até no Ministério do Trabalho, que tem medo de dar a cara aos seus trabalhadores e não quer responsabilizar-se por aquilo que fizeram durante anos", disse Rui Matias aos manifestantes.
Já Mariana Rocha, dirigente da União dos Sindicatos de Leiria, adiantou à Lusa que foi agendada uma nova reunião para o dia 14 de novembro e acrescentou que os funcionários estarão presentes, em protesto.
"O Ministério tem a obrigação de pressionar a empresa a comparecer [...], percebe-se, claramente que a vontade [do grupo] é empatar os trabalhadores", concluiu.
Para além da reposição do salário mínimo e de aumentos salariais, o SINTAB acordou, em plenário com os trabalhadores, a reivindicação de um subsídio para pais e mães, com crianças até aos seis anos, igualdade salarial entre homens e mulheres e a reestruturação do prémio de produtividade, para que os valores correspondam às exigências impostas pela empresa.
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