Gilmário Vemba lembra assalto em casa: "Dispararam contra mim duas vezes"
Foi este momento traumático que levou a família do comediante a ir viver para a Ilha de Luanda.
© Instagram - Gilmário Vemba
Fama Gilmário Vemba
Gilmário Vemba foi o grande entrevistado de Daniel Oliveira no programa 'Alta Definição, da SIC, transmitido este sábado, dia 20. O conhecido comediante angolano, que participou no programa 'Taskmaster' e que tem uma rubrica na rádio Comercial, lembrou um dos episódios mais traumáticos da infância, nomeadamente, quando a sua casa foi assaltada a meio da noite.
"Se calhar as pessoas achavam que estávamos a melhorar de vida. O meu pai arranjou um emprego novo, o pai dele aposentou-se e ele ocupou o lugar do pai no Banco Nacional de Angola e ele era motorista lá, o que fazia com que trocasse de carro todos os dias. Começou a ganhar melhor, começamos a melhorar as condições da casa e as pessoas acharam 'aqui há dinheiro'", lembra.
O humorista explica que bateram à porta de madrugada e que este se encontrava acordado a jogar um videojogo. "Quando batem à porta [eu pergunto] 'quem é?'. 'Polícia!'. 'Polícia?'. Tento ir para a janela pra espreitar. Eles veem a minha silhueta, a sombra, e disparam na janela", descreve, referindo que a bala foi desviado pelo pedaço de madeira à frente da janela.
A partir daí, Gilmário rastejou até ao quarto dos pais e seguiu-se um assalto que durou três horas.
"Dispararam contra mim duas vezes, ameaçaram-me", revela.
Entretanto, um dos assaltantes entrou pelo telhado e exigiu que alguém abrisse a porta da casa para que os restantes entrassem.
"A minha mãe é das maiores heroínas que eu vi na minha vida porque ela sai. (...) Na altura em que o bandido insiste que vai disparar ela luta com ele", relata. Gilmário conta que a porta foi aberta e que essa pessoa "espancou a mãe à frente dele".
"A minha mãe andou traumatizada com isso durante muito tempo", nota.
Contudo, o entrevistado gosta de olhar para o lado bom da vida, tendo reconhecido que este momento trouxe uma transformação à família. "Se eu não tivesse mudado de bairro e ido para a Ilha de Luanda não tinha conhecido os colegas com os quais viria a formar os Tuneza", reflete.
Veja este momento da entrevista.
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