É daqueles que deixa tudo para amanhã? Ora, a ciência explica porquê
Um novo estudo aponta que existem conexões cerebrais específicas que explicam por que algumas pessoas preferem deixar tudo para depois. E você faz logo o que tem a fazer ou prefere procrastinar?
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A pesquisa inédita, publicada na revista científica Psychological Science, e divulgada pela BBC News, identificou duas áreas do cérebro que determinam se somos mais propensos a executar logo uma tarefa ou a adiá-la continuamente.
Para efeito daquele estudo, os cientistas mediram o grau de proatividade de 264 pessoas, que responderam a questionários e cujos cérebros foram examinados.
De acordo com especialistas, a pesquisa enfatiza que a procrastinação está mais relacionada com o gerenciar das emoções do que especificamente com o tempo.
O estudo revelou que a amígdala – uma estrutura em forma de amêndoa no lobo temporal (lateral), que processa as emoções e controla a motivação é maior nos procrastinadores.
Nesses indivíduos, as conexões entre a amígdala e uma parte do cérebro chamada córtex cingulado anterior dorsal (DACC) também eram mais pobres e deficientes.
O DACC usa informações da amígdala e decide que atitude o corpo vai tomar. Isso ajuda a manter a pessoa focada, bloqueando emoções e distrações que podem competir com o que está a fazer.
"Indivíduos com uma amígdala maior podem ser mais ansiosos em relação às consequências negativas de uma ação – eles tendem a hesitar e adiar as coisas", explica Erhan Genç, um dos autores do estudo, da Ruhr University Bochum, na Alemanha.
Os investigadores sugerem que os procrastinadores têm mais dificuldade em filtrar emoções e distrações que interferem na realização de uma determinada atividade porque as conexões entre a amígdala e o DACC não são tão eficientes quanto a dos indivíduos proativos.
Já sabe! Deixa tudo para amanhã? Use a ciência como desculpa.
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