Morte prematura pode explicar porque Donald Trump foi eleito, diz estudo
Segundo uma nova pesquisa, localidades com números elevados de mortes precoces devido a drogas, álcool e suicídio terão sido decisivas na eleição do controverso presidente norte-americano.
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A incidência do fenómeno de morte prematura poderá ajudar a explicar o motivo pelo qual Donald Trump terá sido eleito, de acordo com um extenso estudo.
A pesquisa sugere que preocupações acerca da saúde e a perspetiva de morrer prematuramente terão motivado certos indivíduos a votarem no candidato republicano durante a eleição de 2016.
Comparando as taxas de mortalidade com padrões de voto, o ensaio científico recentemente divulgado revelou que os lugares onde os habitantes tendem a morrer jovens apresentaram igualmente uma maior propensão para votarem na sua maioria em Trump.
Para efeitos daquela pesquisa, o líder do estudo Lee Goldman e os seus colegas analisaram dados provenientes dos 3,112 condados existentes nos EUA, de modo a compararem alterações nas votações presidenciais entre 2008 e 2016 relativamente aos índices de mortalidade.
Os investigadores apuraram que os condados mais inclinados para apoiarem Trump apresentavam igualmente, e em média, uma taxa de mortalidade precoce maior, de cerca de 15%. Mortes essas que foram relacionadas com o abuso de álcool, drogas e com a ocorrência de mais suicídios – fator este 2,5 mais elevado.
“É comummente aceite que o Presidente Trump venceu por ter recebido mais votos de cidadãos mais carentes a nível económico – sobretudo mais velhos, com menos habilitações literárias, menos cosmopolitas e de raça caucasiana”, explicou Goldman, que conduziu o estudo realizado na Universidade de Columbia e publicado no periódico General Internal Medicine.
“E com base nos dados apurados, podemos dizer que flutuações na expetativa média de vida constituíram um fator independente significativo nas escolhas de voto. Perspetivas reduzidas de saúde são um marcador tremendamente marcante de dissatisfação – sentimentos esses que ressoaram entre os cidadãos que optaram por votar em Trump”, salientou o académico.
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